Inflação na meta demandará expansão mais fraca e piora no emprego, diz Fed
O processo de redução da inflação de volta à meta de 2% deve demandar um período de crescimento econômico abaixo da tendência histórica e enfraquecimento do mercado de trabalho americano. A conclusão consta em relatório semianual do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que será apresentado ao Congresso dos Estados Unidos na semana que vem e que foi divulgado nesta sexta-feira, 3.
Para o Fed, apesar de progressos recentes, a inflação nos país permanece alta e justifica mais aumentos de juros.
O documento reitera o posicionamento oficial de que uma política “suficientemente restritiva” será necessária para assegurar a estabilidade de preços. “O Comitê Federal de Mercado Aberto, FOMC está fortemente empenhado em retornar a inflação ao seu objetivo de 2%”, reforça.
O banco central norte-americano acrescenta que a escala de preços de bens arrefeceu de forma considerável nos últimos meses, mas a inflação de serviços segue elevado. “Algum enfraquecimento das condições do mercado de trabalho provavelmente será necessária para o núcleo inflação de preços de serviços diminuir”, avalia.
O Fed acrescenta que, desde junho do ano passado, as condições financeiras nos EUA se apertaram de maneira significativa. “Enquanto a qualidade do crédito comercial permanece forte, alguns indicadores de futuras inadimplências de negócios estão um tanto elevado”, destaca.