• Fevereiro roxo: reumatologista fala sobre Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer

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  • 27/02/2023 09:15
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    Neste mês é celebrada a campanha do “Fevereiro Roxo”. A data visa conscientizar a população acerca de três doenças crônicas: Fibromialgia, Lúpus e Alzheimer, que acometem com maior frequência mulheres e que não são amplamente discutidas, além de incentivar o diagnóstico precoce.

    A fibromialgia é uma condição que se caracteriza por dores crônicas e generalizadas.
    O diagnóstico é feito através de uma boa história clínica, exame físico de acordo com as queixas dolorosas, afastando doenças que podem acarretar dores pelo corpo como doença da tireoide, diabetes mellitus, e outras doenças reumáticas.

    “Essa doença causa um quadro de dores difusas pelo corpo, acompanhada de cefaleia, constipação e principalmente de insônia. Acomete mulheres na menopausa ou mulheres deprimidas, que sofreram algum estresse emocional importante, mulheres obesas e sedentárias”, explicou a reumatologista do Hospital Santa Teresa, Ana Lisa Gallagher.

    A médica ressalta que, fazendo o tratamento solicitado pelo médico corretamente, alguns fatores externos podem ajudar a melhorar a qualidade de vida do paciente. Entre eles estão: a prática de exercícios físicos diários, pelo menos 30 minutos, para liberação de endorfinas; correção dos hábitos que pioram a qualidade de sono e terapia.

    O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica e de origem autoimune, onde uma pessoa com predisposição genética entra em contato com um antígeno provocando uma resposta imunológica com a produção de anticorpos e a reação desta resposta imunológica acomete o sistema conjuntivo, acarretando danos em vários órgãos (pele, rim, coração, cérebro, vasos, pulmão, articulações).

    Os sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva ou mais rapidamente. Geralmente, os primeiros sinais da doença são: lesões de pele específicas, principalmente na face, lesões hipercrômicas e hipocrômicas em áreas expostas ao sol, lesões em couro cabeludo, alopecia, perda de proteínas pela urina, inflamação das serosas (pleura, pericárdio, peritônio), anemia, crises convulsivas, artrite, entre outros.

    “No LES, o diagnóstico precoce diminui as consequências da atividade inflamatória da doença. O uso de imunossupressores, imunomoduladores, acompanhamento frequente com reumatologista para controle clínico e laboratorial são alguns dos tratamentos mais utilizados. Além disso, é importante lembrar que outros fatores podem ajudar a desencadear o Lúpus, como exposição ao sol, o uso de estrogênio, contato com substância que podem ser o gatilho para o desenvolvimento do Lúpus”, esclarece a reumatologista Ana Lisa.

    O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometendo as atividades diárias. A maioria das pessoas diagnosticada com a doença possui mais de 65 anos. Contudo, isso não significa que pessoas mais jovens não possam apresentá-la. O primeiro sintoma da doença é o esquecimento de informações e ações recentemente aprendidas.

    Outro ponto curioso e pouco falado sobre o alzheimer é que os portadores possuem uma dificuldade maior de regularização do sono. Isto porque a doença causa a atrofia da parte do cérebro que controla a temperatura do corpo e a produção de melatonina, um hormônio que nos auxilia a dormir.

    Por fim, os médicos explicam que, até o momento, não se descobriu a cura destas patologias. Contudo, isso não significa que a pessoa acometida por essas doenças não possa ter uma qualidade de vida. Para isso, é muito importante ficar atento aos sinais e ser diagnosticado o mais precocemente possível para evitar comprometimentos mais severos.

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