Acolhamos o mês de agosto

Esqueçamos o mau presságio de que agosto é um mês de desgosto, de tristeza no rosto e de que do puro vinho só restou o mosto. Nada de mau agouro e nem dias difíceis. Não nos fixemos em  numerologia, mas,  na fé e na certeza de que o Criador é o Senhor, o Alfa e Ômega do cosmo. O princípio e o fim, portanto ele tem supremacia sobre tudo e todos quanto mais pelos meses e estações do ano. O sucesso, o fracasso e o escândalo, tudo depende da perseverança, maturidade, consciência, honradez, discernimento, acuidade e percuciência de cada pessoa. Depende da ótica que vislumbremos a vida. Gira em torno da ação e da reação. 

Os antigos nos disseram “aqui se planta e aqui se colhe”. Nada de culpar o oitavo mês do ano, o Ser Supremo, o governo ou o colega de trabalho. O jeito é irmos à luta.  Li um dia as palavrar do grande estadista americano presidente Kennedy que num dos trechos dizia: “o pessimista senta-se e lastima, o otimista se levanta e age”. Não sejamos supersticiosos. Agosto é tempo de sorriso no rosto.  Desde o tempo de criança ouço dos adultos  e até hoje em menor intensidade que o mês não é aconselhável aos casamentos porque é só tormento e desilusão. Injusta essa pecha que os trinta e um dias levam em seus ombros  porque isso não passa de invenção. 

Só para que se tenha uma noção no dia quinze se celebra a Assunção de Nossa Senhora aos Céus. É o suficiente para redimir o mês dessa agonia. No mundo cívico temos dentre outros o dia dos pais, do soldado, do estudante, do folclore, do advogado, do nutricionista, internacional dos indígenas dentre outros mais. Neste mês a liturgia é rica e nela sobressai Maria a Santíssima Virgem Mãe de Jesus Salvador da Humanidade. Mas também se celebra os Santos Afonso Maria de Ligório, Pedro Julião, Eusébio de Vercelli, Estevão I, Pedro de Anagni, Lídia Filippi, Beato Eustáquio, João Maria Batista Vianey Patrono dos Sacerdotes. 

Não para aí; é também o mês dos Santos Afra, Osvaldo e a festa da Transfiguração de Nossa Senhor. E segue o mês de agosto invocando os demais eleitos do Cânon Celestial a exemplo de Santos Caetano, Xisto II, Domingos, Juliano, Mariano, Edith, Ferno e Rústico, Lourenço, Clara de Assis, Filomena, Euplúsio, Joana, João Leão, João Berchmans, Ponciano e Hipólito. Dia quatorze é dedicado a São Maximiliano. O dia quinze celebra Nossa Senhora da Glória ou Assunção como se conhece, padroeira de Cabo Frio o mesmo ocorrendo em Goiânia, Fortaleza e Barra do Ceará dentre outras quando as cidades se engalanam e resplandecem suas principais artérias. 

No mesmo período se comemora São Tarcísio e o Beato Vicente Soler. E segue o mês de agosto que parecia ser o Mês do infortúnio e prosseguem as comemorações de seus eleitos Santos: Estevão, João Francisco, São Roque, Jacinto, Helena, Alberto Hurtado, João Eudes, Ludovico, Ezequiel, Bernardo, Pio X, Felipe Benício, Rosa de Lima, Bartolomeu, Joana, Luiz IX, José Calazans, Patrícia, Zeferino, Micaela, Mônica e Agostinho de Hipona. 

Esse período registra o martírio de São João Batista e homenageia Santa Joana Maria da Cruz, São Félix, Santo Adauto e fecha o mês em honra a São Raimundo Nonato. Portanto nada de pensar que agosto tem gosto de tristeza e mazelas porque é tempo de festa, conquista e de não perder de vista o oitavo mês do ano que é temperado pelo amor  estampado no rosto porque é o tempo de Deus.