Com certeza não vai ter golpe
“Vazamento seletivo,” “vazamento oportunista”, “golpe contra a democracia”, “trama golpista”, são frases vazias que nada mais significam do que um choro enrustido de desespero frente à impossibilidade de livramento das malhas da lei. Na última 5ª feira, por exemplo, Dilma, a “presidenta,” sinalizou que nos próximos dias surgirão mais notícias desagradáveis para o governo. E arrematou: “é preciso dar um basta aos vazamentos”. Também o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de reeleição de Dilma, declarou que “é preciso dar um basta aos vazamentos”. Este é o discurso dos parlamentares que apoiam o (des) governo da “presidenta” Dilma Rousseff. “Onde já se viu algo assim?! Alimentar e incentivar vazamentos (delações premiadas) de empreiteiros, parlamentares e funcionários da Petrobras, por exemplo, é um absurdo. Ou seja, as “delações premiadas” de ricos empreiteiros brasileiros e funcionários da Petrobras à Polícia Federal é um erro. Neste país, nos últimos 13 anos sempre se roubou com extrema facilidade, e agora eles não querem que testemunhas, que participaram juntamente com eles da corrupção mais escancarada do mundo de todos os tempos, denunciem. “Vamos calá-los nem que seja na marra,”disse um dos chefes do MST em reunião filmada com Dilma no Palácio do Planalto. A mesma Dilma chegou a declarar que os delatores são a escória deste país e que ela os odeia pela traição que praticam. Denunciar corruptos agora é ato indigno? É. Dentro da moral petista. Portanto, caro leitor, se um dia você descobrir os autores de algum malfeito, com a sua participação ou não, não denuncie, não revele a ninguém, muito menos à Polícia Federal, mesmo que a P.F. amenize bastante a sua punição. Punir corruptos, agora, é imoral, mentir por mal feitos não é errado, denunciar ladrão é inadmissível, não barganhar cargos é golpe, e por ai vai.
Meu amigo Bob, que trabalha num bar na Rua do Imperador fez o seguinte comentário sobre a Dilma: “As pessoas criticam a presidenta por andar de bicicleta em volta do Palácio do Planalto. Querem até o impeachment dela por causa destas “pedaladas”. Afinal, qual o inconveniente de a presidente andar de bicicleta diariamente em torno do Planalto? E desde quando pedalar uma bicicleta é crime"? Tentei explicar, mas, percebi que seria necessário um economista para explicar melhor ao meu amigo o que é “pedalada” com aspas; e quais as inconveniências dessa prática. Pois bem, o conceituado articulista e economista Rogério Furquim Werneck, num artigo no ”O Globo” escreveu: “No afã de manipular as contas de 2014 o Planalto acabou incorrendo em sérias violações da Lei de Responsabilidade Fiscal (IRF)”. “Recorreu ao truque de maquiagem das contas públicas, conhecido como “pedalada fiscal”. "Como a LRF proíbe que o governo contraia dívidas com as instituições financeiras que controla, gastos financiados dessa forma não apareciam no cômputo do resultado primário e as contas públicas aparentavam estar em estado bem menos precário do que realmente estavam”. E isso aconteceu também em 2015. “As pedaladas, continua Rogério Furquim, foram parte de uma operação de dissimulação muito mais ampla, cuidadosamente planejada, em que o governo fez de tudo para que, até as eleições, o país continuasse a crer que a meta de superávit primário para 2014, de 1.9% do PIB, seria rigorosamente cumprida.” “O que afinal se verificou, ao final do ano, foi um déficit primário de 0,6% do PIB. Mas, a esta altura a “presidenta” já estava reeleita”.