• Vereadora cassada em SC é homenageada em reunião do diretório do PT

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  • 13/02/2023 11:41
    Por Sofia Aguiar e Eduardo Rodrigues / Estadão

    Vereadora cassada de São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, Maria Tereza Capra (PT) foi homenageada no início da reunião do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). Maria Tereza classificou a cassação de seu mandato como violência política e de gênero. “Violência política, violência de gênero, atentado contra nossa vida e, por que não dizer, na luta contra o fascismo, contra o neonazismo”, declarou a petista em fala durante o evento. De acordo com Maria Tereza Capra, ela teve que deixar sua cidade. O PT completou 43 anos nesta sexta-feira, 10, e alguns eventos do partido prosseguem nesta segunda-feira, 13.

    O mandato de vereadora foi cassado no início de fevereiro sob alegação de quebra de decoro parlamentar após Maria Tereza ter publicado um vídeo em suas redes sociais com a denúncia de uma manifestação de vários participantes com suposto gesto nazista em frente à base do Exército da cidade. A publicação ocorreu em 2 de novembro de 2022. Segundo a alegação da acusação, a parlamentar teria propagado notícias falsas e atribuído aos cidadãos de São Miguel do Oeste o crime de saudar o nazismo e de ser berço de uma célula neonazista.

    A fala da vereadora cassada foi aplaudida de pé pelos presentes na reunião, que ocorre nesta segunda-feira no Diretório Nacional do PT, em Brasília. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estava presente no evento e sentado à mesa principal, ao lado da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, do líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), do líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).

    Gleisi falou logo depois de Maria Tereza Capra e citou que a eleição de 2022 foi a mais difícil do País. Com discurso em prol da democracia e em defesa da atuação do partido, ela falou que “vencemos Bolsonaro nas urnas, mas não na sociedade”. “O dia 8 de janeiro mostrou isso, vamos continuar na luta e no embate ajudando o governo”, disse, em referência à invasão de bolsonaristas extremistas aos prédios dos três Poderes, em Brasília.

    De acordo com a presidente nacional do partido, Haddad falaria logo em seguida. No entanto, a fala do ministro não foi aberta à imprensa.

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