• Carlos Saura, cineasta espanhol, morre aos 91 anos

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  • 10/02/2023 18:40
    Por AP / Estadão

    O cineasta espanhol Carlos Saura, realizador de filmes como “¡Ay, Carmela!”, Carmen, A Caça , morreu em Madrid aos 91 anos. A Academia Espanhola de Cinema noticiou a morte, ocorrida um dia depois de Saura receber o Goya de Honra por sua carreira no cinema.

    Com mais de 50 filmes realizados, Saura passou grande parte da sua vida artística escrevendo, dirigindo e produzindo, com especial sensibilidade, nos últimos anos, para a música tradicional, como o flamenco, o jota aragonês (região de onde era originário) e o fado português.

    Entre os seus títulos mais recentes, destaca-se o documentário sobre a origem e evolução da arte plástica Las Paredes Hablan, estreado no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián e atualmente em cartaz nas salas de cinema de Espanha.

    “(É) uma amostra de sua atividade incansável e seu amor pelo ofício até o último momento”, disse a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha em um comunicado no qual qualificou o cineasta como fundamental e insubstituível para a história da cinema espanhol.

    Em 1966, A Caça trouxe-lhe reconhecimento internacional ao receber o Urso de Prata no Festival Internacional de Cinema de Berlim. Em 2022, Saura recebeu o Biznaga de Honor no Festival de Málaga.

    Em (1967), recebe novamente o Urso de Prata em Berlim por Peppermint Frappé. Foi o primeiro dos nove filmes que fez com Geraldine Chaplin, que se tornará sua musa e mãe de um de seus filhos.

    Em 1975, produziu aquela que para muitos é uma de suas obras-primas, Cría Cuervos, prêmio do júri em Cannes.

    Para além da atividade cinematográfica, Saura destacou-se como diretor teatral, autor de obras fotográficas e escritor. Pássaro Solitário, Aquela luz! e Ausências são alguns de seus romances.

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