• Tumores de pele representam mais de 30% dos diagnósticos de câncer no Brasil; especialista alerta sobre o tema

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  • Doença tem relação direta com longa exposição ao sol, por isso exige cuidados diários principalmente durante o Verão

    01/02/2023 10:39
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) são estimados 706 mil novos pacientes diagnosticados com tumores no mundo nos próximos três anos. Deste total, o câncer de pele representa mais de 30% dos diagnósticos. A exposição solar é uma das ações que mais pode prejudicar a longo prazo, de acordo com o Radio-Oncologista Daniel Pryzbysz, responsável técnico da RadioSerra – Centro Regional de Radioterapia. Por isso, o cuidado com a pele é fundamental.

    “O câncer de pele é uma doença que vem de anos em contato com os raios UV sem proteção solar. Essa constante de ações resulta na doença e por isso aconselhamos se expor o menos possível em horários de pico do sol, ter filtro que amenize as radiações, além de usar acessórios como os óculos de sol e camisas com fator de proteção adequados, o que com certeza ameniza esses impactos”, explica.

    Em pacientes com idade superior a 40 anos, é importante se atentar a alguns sinais que podem surgir e precisam de investigação. Lesões com sangramento ininterrupto, espinhas que não saem ou pintas escuras ou muito claras que contenham características anormais, merecem a atenção de um médico dermatologista. Também vale destacar um rastreio em áreas do corpo onde não se repara com tanta frequência, como reforça o médico.

    “Regiões como a parte inferior das pernas, nádegas, costas e couro cabeludo, que são onde os tumores mais agridem. E geralmente por não estar numa região onde temos contato todos os dias, quando o paciente se dá conta, pode estar em um estágio mais avançado. O acompanhamento profissional auxilia a diagnosticar de forma precoce, com uma taxa de cura muito mais alta”, detalha o especialista.

    Dividido em tumores que podem ser menos agressivos e com maior assertividade no tratamento, os não melanomas, além dos mais agressivos que podem levar a morte, classificados como melanoma, o tratamento pode ser variado e inclui desde cirurgias com pequenas incisões feitas em consultório até a radioterapia e outras soluções.

    “Vale ressaltar que o diagnóstico é o primeiro passo. E ele está através do dermatologista, que vai retirar a lesão, olhar no microscópio e identificar que tipo de doença é. Muitas das vezes, a ação desse profissional é a única pela qual o paciente será submetido. Mas se houver outras consequências da doença, acompanhamos e entramos com outras soluções, que vão de acordo com cada caso”, conta.

    O médico diz que atualmente são comuns casos de câncer de pele acompanhados no Centro de Radioterapia que atende a toda a Região Serrana, Sul e Metropolitana do Rio. O maior número é de pacientes que viveram o auge das últimas décadas e não mantiveram uma rotina de cuidados frequentes.

    “Esse é um dos tipos de tumor mais comuns, principalmente na geração dos anos 70 e 80, que não se preocupava muito com os impactos do sol. Aqui temos muitas pessoas que saíram dos grandes centros para aproveitar a vida mais tranquila na Serra, mas que sem dúvidas aproveitaram tudo que puderam quando jovens na capital. Isso pode estar associado a incidência nesse público que frequentou ambientes de grande exposição ao sol de forma incorreta”, finaliza o Radio-Oncologista.

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