Acamada há três anos, professora busca recursos para cirurgia delicada
Professora, divertida, comprometida com alunos e amigos, e apaixonada por motocicletas. Essa é a descrição feita por Cristina Ornellas, da filha Patrícia Ornellas Wisniewski, de 40 anos. Apesar disso, há três anos a situação tem sido bem diferente. Tudo por conta de um acidente sofrido em 2015, onde Patrícia quase perdeu a vida, e que a deixou com graves sequelas e com uma rotina completamente diferente. Para tentar retomar parte do antigo estilo de vida a família corre contra o tempo para conseguir doações, através de uma campanha no site vaquinha.com, e parcerias com hospitais que possam operar Patrícia. Isso porque ela precisa colocar ao menos cinco próteses na costela e uma na clavícula. Se isso não for feito ela continuará acamada, dependente de outras pessoas, e “escrava” de um coquetel fortíssimo de medicamentos para combater as fortes dores que sente.
Isso é consequência das sequelas deixadas pelo acidente, além das limitações físicas, ela sofre de dores crônicas que quase não são mais controladas. Após três anos de uso contínuo de tantos remédios, a maior parte deles já não faz mais efeito e as vezes sequer há dinheiro para comprar todos que são necessários. Para se ter uma ideia o gasto mensal com o coquetel usado por ela custa em média R$ 2 mil. Ainda em busca da aposentadoria pelo Estado, que será de apenas um salário mínimo, e contando apenas com aposentadoria da mãe, que cuida dela e também do marido que sofre do Mal de Alzheimer, conseguir ter perspectiva para um futuro melhor está cada vez mais difícil.
O acidente ocorreu no dia 29 de dezembro de 2015, quando Patrícia retornava da casa da família, em Resende, após passar o Natal. Na época ela morava há 12 anos em Petrópolis e dava aulas na FAETEC. No caminho da volta, já na altura do Belvedere ela passou em um local com muito óleo na pista, derrapou e caiu. Ela foi socorrida e levada para o Hospital Santa Teresa em estado grave. Ficou 15 dias no CTI entre a vida e morte e precisou ser operada, já que tinha fraturado nove costelas, clavícula, escápula e ainda ter perfurado o pulmão. Todos os ferimentos ocorreram do lado direito do corpo. Apesar disso, após um mês de internação ela recebeu alta e o diagnóstico de que com o passar do tempo se recuperaria. Mas não foi isso que aconteceu.
Após ir morar com a família em Resende, por conta das limitações físicas e dores fortes, Patrícia e a mãe perceberam que o quadro de saúde não melhorava. Ao buscar ajuda, elas descobriram que a calcificação das costelas de Patrícia não estava ocorrendo como deveria. “Desde tenho procurado médicos que possam ajudar a minha filha, um deles chegou a dizer que não a operaria pois não se tratava de “tórax instável”. Outro disse para esperar que as costelas se consolidariam nos lugares certos e indicou o uso de uma cinta. Por sua vez teve uma médica que disse que ela teria que apreender a conviver com a dor. Como posso viver vendo minha filha assim e sabendo que há uma cirurgia, de risco mas que pode ser feita, e que devolverá a qualidade de vida que ela tinha?”, disse emocionada.
Ainda na batalha Cristina foi encaminhada para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia no Rio de Janeiro (INTO). Lá Patrícia passou por vários médicos que refizeram todos os exames já realizados. “Chegaram a conclusão que ela precisa de no mínimo cinco próteses de costela, apesar de ter quebrado nove. Mas essas próteses não são compradas por todos os hospitais e custam muito caro. Entrei na justiça pela defensoria pública para obrigar o Estado a pagar pela cirurgia, mas até hoje não conseguimos nada. Só desejo que ela possa voltar a andar, e não sentir mais dores. São dias e noites com dores sem fim e ingestão de remédios que provocam diversos efeitos colaterais. Tudo isso tem sido muito sofrido. Peço, que por favor, quem puder colabora com a nossa campanha, ou compre as rifas e quadros que os amigos delas estão promovendo na página do facebook: todospelapatricia”, pediu entre lágrimas Cristina.
Como ajudar
Para ajudar na campanha de arrecadação de Patrícia as pessoas podem acessar o site: www.vakinha.com.br/vaquinha/todos-pela-patricia. Apesar da arrecadação no site ser de R$ 40 mil, e a família só ter conseguido até o momento R$ 12 mil, o tratamento e a cirurgia que ela precisa fazer ficam em torno de R$ 200 mil, ou mais. O valor certo só pode ser calculado com base no preço das próteses, que por sua vez só podem ser solicitados por um hospital. Até o momento a família conseguiu que apenas um fizesse essa cotação, que ficou em torno de R$ 135 mil em 2017. O problema é que desde então o dólar sofreu muitos reajustes e consequentemente as próteses estarão mais caras. Quem quiser realizar doações por depósito bancário:
Patrícia Ornellas Wisniewski, Banco Itaú, Agência 0320 Conta-Corrente 46492-8, Caixa, Agência 0189, Operação 013, Conta-poupança 240857-1.