Vereadores aumentam o próprio salário e vencimento passa para R$ 13,2 mil

Em outubro do ano passado vereadores aprovaram reajuste de 9,87% para os servidores, cargos comissionados e aposentados do legislativo. O aumento passou a valer nos salários daquele mês. Só que os vereadores, na ocasião, não se incluíram neste reajuste. Eis que a nova mesa diretora, agora capitaneada por Junior Coruja, corrigiu essa ‘injustiça’. Na sessão de quarta-feira, os vereadores mudaram a Lei original de reajuste, a aprovada em outubro, e incluíram recomposição salarial de 6,2% para seus próprios salários que agora passam de R$ 12.433,54 para R$ 13.204,00.

Que feio!

Pior foi como a votação ocorreu. Em uma sessão muito risonha e animada na quarta-feira, Domingos Protetor, que fazia as vezes de primeiro secretário, leu apenas o número do projeto de lei e a lei anterior que ele alterava. Mas, o teor do artigo em questão não foi lido. Assim, quem estava no plenário e online não teve conhecimento que o Projeto de Lei 0420/2023 alterava o artigo 2º da Lei 8.444 de 24/10/22 incluindo o reajuste de 6,2% para os vereadores.

Coreografado

E Fred Procópio que presidia a sessão, neste ato ensaiado com os demais acelerou bem o “não havendo quem queira discutir e não havendo quem queira encaminhar, segue para a votação”. Os vereadores também votaram feito um raio e foi unânime: 15 votos a favor do reajuste.

Reajuste de 6,2%

Em seu favor, os vereadores têm um reajuste menor do que a majoração do salário mínimo. Enquanto os vencimentos dos vereadores aumentaram em 6,2%, o do salário mínimo foi de 7,4%. Porém, o que não é nenhuma vantagem para a gente porque tudo subiu acima disso começando pela conta d’água que aumentou 9,35%. Os vereadores ‘protestaram’, mas ficou por isso mesmo. Mas eles, com certeza, terão mais facilidade em pagar suas contas de água.

Cursos gratuitos nas férias

O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (Unifase) está ofertando agora nos meses de janeiro e fevereiro cursos e atividades de férias. Há opções gratuitas e outras com taxa popular. As inscrições podem ser feitas no site da instituição.

Protocolos das chuvas

Você conferiu aqui nas páginas de Cidade que o motorista da PetroIta que não obedeceu ao plano de contingência das chuvas e manteve segunda-feira o veículo em circulação com a Coronel Veiga inundada foi demitido por justa causa. Ele deveria ter acessado (assim como todos os motoristas em carros de passeio, caminhões etc) uma ilha de segurança, locais mais íngremes sem risco de inundação. Tá certo que os motoristas de ônibus receberam treinamento, mas e os demais? Porque a cidade precisa saber de cor onde são, como acessar e quando acessar. E estamos muito longe de ter isso culturalmente estabelecido em nossas vidas.

Onde são as ilhas?

E onde são as ilhas de segurança? Porque a prefeitura informa de forma genérica que está fazendo a sinalização delas com placas e pintura do chão. Mas não há uma disseminação em massa desses locais. Fomos olhar no plano de contingência e estão lá relacionadas: São Sebastião (Rua São Sebastião), Valparaíso (Professora Angélica Lopes de Castro, Marques do Paraná, Gonçalves Dias, Paulo Lobo de Morais e Travessa João Vicente de Paula), Coronel Veiga (Rua Monte Castelo, Travessa João Kneipp, Rua João Macedo, Gulf e Rocha Cardoso) e Centro (Dr. Nelson de Sá Earp, General Osório, Marechal Deodoro, Raul de Leoni e Paulo Barbosa). Ou seja, todas em função da inundação da Coronel Veiga e Rua do Imperador. Para outras localidades ainda não foram previstas.

Faixa nos ônibus

Interessante que o plano de contingência definiu limites parametrizados no próprio ônibus para indicar a evacuação. Levaram em conta informação da Mercedes-Benz, fabricante dos veículos que circulam aqui, que indicou ao Ministério Público estadual que a altura máxima da água não deve ultrapassar a metade da roda do veículo. A água chegando este patamar, é necessário o motorista evacuar o ônibus e todos seguirem a pé a uma ilha de segurança. Ficou definido inclusive que os ônibus devem ter uma faixa pintada na lataria para facilitar que o motorista visualize esse estágio.

R$ 24 milhões em dragagem

Alguém (vereadores) tá fiscalizando? Porque deveriam. Se são R$ 24 milhões para a dragagem de rios da cidade (R$ 18 milhões do Inea) e R$ 6 milhões da prefeitura – anunciado como a maior operação do tipo da história de Petrópolis – deve estar sendo fiscalizada. Porque vira e mexe pipocam vídeos de caminhões saindo dos locais de desassoreamento de caçamba vazia.  Com esse valor dava para dragar e até lajotar o fundo dos rios. E a gente também queria muito saber onde é o bota-fora desses detritos.

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