• Cirurgia de catarata: 270 pacientes de Petrópolis aguardam na fila do SUS

  • 15/07/2018 09:01

    Além da dificuldade e o receio da perda da visão, muitos pacientes ainda precisam esperar para conseguir uma cirurgia de catarata pelo Sistema Único de Saúde. Em Petrópolis, 270 pessoas ainda estão na fila de espera. O mal, atinge quase 550 mil pessoas, por ano, no Brasil, em sua maioria, pessoas acima dos 60 anos de idade. Segundo a OMS, a doença causa mais da metade dos casos de cegueira no mundo.

    A catarata é a alteração do cristalino, onde a imagem é focalizada. Essa lente sofre uma opacificação com o envelhecimento do organismo. A perda da transparência dificulta a chegada da luz à retina e a visão diminui, causando uma perda progressiva da visão. 

    Segundo o oftalmologista, Guilherme Tannure, a doença é mais comum a partir dos 60 anos, no entanto, também pode atingir outras faixas etárias, em tipos diferentes. O médico cita, por exemplo, a catarata Senil, que é a mais comum, a traumática, provocada por traumatismos perfurantes ou contusos e atingindo crianças de até seis meses de idade, e a catarata congênita pode estar presente logo ao nascimento. O médico afirma que todos os tipos são curados por meio da cirurgia. 

    “A cirurgia é definitiva e resolve o problema. O procedimento é um dos mais realizados no mundo.”, afirma o médico.

    O procedimento cirúrgico é considerado de baixa complexidade, com anestesia local e sem necessidade de internação. Porém, por mais que o procedimento seja simples, a cirurgia pode custar em média 5 mil reais na rede privada. A cirurgia pode ser feita no Sistema Único de Saúde (SUS). O paciente que precisa de atendimento oftalmológico deve procurar a rede de saúde do município para avaliação inicial com o clínico e exames, e posteriormente, protocolar o pedido na Central de Autorização de exames e consultas, localizado na Rua Dom Pedro I, nº 214.

    Segundo a Secretaria de Saúde, 627 cirurgias foram realizadas em 2018 e 270 pacientes ainda estão na fila de espera. O município mantém convênio com duas clínicas especializadas em atendimento oftalmológico.

    A aposentada, Sebastiana da Rosa, de 76 anos, está na fila há quatro meses. A idosa, que já apresenta dificuldades para enxergar, realiza as consultas e exames preparatórios desde dezembro de 2017.

    “Eu achava que era somente o grau que tinha subido, acabei convivendo com a dificuldade de enxergar durante algum tempo. Quando percebi que já não conseguia ver o letreiro do ônibus, as letras do celular e até mesmo objetos dentro de casa, relatei para minha filha, e procuramos atendimento. Agora estou no aguardo da cirurgia. Quem sabe acontece ainda esse ano, é a minha esperança”, diz a aposentada. A Secretaria de Saúde disse que vai apurar o caso da paciente.




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