• Moraes ‘determina a própria prisão’ e PF investiga possível invasão hacker no CNJ

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 05/01/2023 15:10
    Por Rayssa Motta / Estadão

    A Polícia Federal (PF) investiga se os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foram alvo de um ataque hacker.

    A apuração foi aberta após a emissão de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinado por ele próprio.

    “Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”, diz um trecho do documento fake.

    O mandado falso fala na condenação do ministro por litigância de má-fé. Esse foi o motivo que levou Moraes a aplicar uma multa de R$ 22,9 milhões ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, por contestar sem provas a segurança do processo eleitoral.

    “Sem me explicar, porque sou como um deus do Olimpo, defiro a petição inicial, tanto em razão da minha vontade como pela vontade extraordinária de ver o Lula continuar na presidência”, afirma a ordem fraudulenta.

    Procurado pela reportagem, o CNJ informou que o mandado de prisão foi registrado no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões por meio do “uso indevido” da credencial de um usuário regularmente cadastrado no sistema. O login já foi bloqueado.

    “O caso já se encontra sob investigação oficial das autoridades responsáveis. Cautelarmente, e como medida de segurança, haverá restrição de acessos à plataforma, embora esteja preservada a integridade das demais informações que foram, regularmente, produzidas dentro do sistema”, diz o comunicado.

    O Conselho Nacional de Justiça informou ainda que sistema estará complemente restabelecido até às 13h desta quinta.

    Últimas