• Canteiros da Praça dos Expedicionários servem de “armário” para moradores de rua

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  • 04/07/2018 11:29

    Os frequentadores e pessoas que trabalham na Praça dos Expedicionários afirmam que o número de moradores de rua vivendo por lá cresceu nos últimos meses. Nessa terça-feira, cobertores e outros pertences de alguns deles foram deixados, dobrados e juntos, em canteiros da praça. A poluição visual foi alvo de críticas, mas também levantou questões sociais que envolvem as pessoas em situação de rua. 

    “Eles estão todos os dias aqui. Dormem até umas 7h30 e depois reúnem as poucas coisas que possuem e deixam nos cantos. Hoje, só está mais visível e por isso causou estranheza em alguns. Mas essa questão de pessoas moradores de rua na praça sempre existiu. Quando anoitece eles retornam”, disse o comerciante de uma das barracas localizadas na praça, que preferiu não se identificar.

    Já a aposentada Leila Ferrari acredita que o poder público deve tomar providências para abrigar a população de rua. “Estamos falando do Centro Histórico. Não é certo que fique dessa forma, desorganização em praça pública. Mas, em contrapartida, é preciso que as pessoas sejam mais tolerantes com quem não tem para onde ir”, afirmou.

    A dona de casa Raquel Timóteo afirma que já ajudou muitos moradores de rua no Centro, por meio da ação Aquecimento de Almas, promovida pela Igreja Despertar de Cristo. “Fazemos comida e distribuímos para eles. Esse ano ainda não fizemos mas já estamos nos organizando. É muito importante que eles tenham acolhimento por parte da prefeitura e também da população. Nesse trabalho que fazemos já vi muita gente lavar caçada enquanto ainda há pessoas dormindo nela, um descaso e falta de respeito na minha opinião”, afirmou.

    A Secretaria de Assistência Social informou que realiza abordagens sociais, durante o dia e noite, em conjunto com a Guarda Civil, para oferecer atendimento a moradores de rua. As pessoas são orientadas a ir para o Centro de Referência Especializada para População em Situação de Rua (Centro Pop) onde são oferecidos atendimento psicossocial, banho, café da manhã, encaminhamento para o almoço no restaurante popular, além de atividades, palestras e oficinas com o objetivo de reintegração social e recolocação no mercado de trabalho. No caso de acolhimento, estas pessoas são encaminhadas para o Núcleo de Integração Social (NIS), para pernoite.

    Novas abordagens já estão sendo marcadas e vão incluir também a Praça dos Expedicionários. No entanto, cabe ressaltar que é necessário que as pessoas que moram nas ruas aceitem acolhimento. 

    Em caso de violência, perturbação da ordem ou danos ao patrimônio, a Guarda Civil ou a Policia Militar devem ser acionadas imediatamente para adotar as medidas cabíveis. As solicitações podem ser encaminhadas pelo telefone 153 (Guarda) e 190 (PM).


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