• A velha política

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  • 30/06/2018 11:24

    Às vezes me pergunto o que realmente é a política? Como entendê-la? E me vem à mente uma frase atribuída a Martin Luther King: "Nada no mundo é mais perigoso do que respirar ignorância sincera". Em geral o povo é pacífico e concorde,  pois acredita que não é poderoso o suficiente para derrotar aquele que ele mesmo elegeu para governá-lo.

    Este mesmo povo, faz inúmeras concessões para evitar o enfrentamento e estas concessões o enfraquecem cada vez mais e mais e assim o governo eleito fica cada vez mais forte. Por que fiz este preâmbulo? Por conta do absurdo novo aumento das passagens,  autorizadas por decreto do governo municipal, sem contestação ou resistência, e da falta de enfrentamento do povo a esta situação contrária aos seus interesses.

    Esquecem estes, um velho ditado, o concorde, o pacífico é o mesmo que alimenta um crocodilo, esperando ser o último a ser devorado. Uma Cidade onde o governo é o maior empregador e dele dependem diretamente 1/6 da população e indiretamente outro tanto igual ou superior, é uma Cidade sem voz. Uma cidade, onde a concordância e a passividade passam a ser a tônica por questão de sobrevivência e a mão pesada do governo é impiedosa para com todos.

    E nisto reside minha pergunta: o que é política? Seria usar o papel de gestor máximo para sacrificar o cidadão ou olhar com carinho e respeito os cidadãos que o colocaram no poder e buscar de todas as formas possíveis melhor servir a estes? 

    Certa vez escutei de um político da velha guarda, uma pérola que nunca mais esqueci: referindo-se a um forte cabo eleitoral que trabalhou em sua campanha,  logo após o término de uma campanha política, onde tinha vencido, disse ele: "Já te paguei, não te devo mais nada". Pensei comigo e me arrependo de ter ficado calado na oportunidade, pois "agora é que começa a conta, agora é que começa a dever". Sim políticos eleitos têm para com seu povo o dever de gratidão e de trabalho por estes que lá os colocam para geri-los e não podem ter um papel de subserviência para com empresários gananciosos que vivem de sacrificar o povo.

    Não há escusas em não se enxergar que hoje temos a passagem mais cara do Brasil, se for levado em consideração a relação do quilômetro rodado x tarifa. Um verdadeiro despautério em face da negligente prestação de serviços. 

    Esta velha política precisa ser combatida, ainda que seja por poucas vozes neste momento mas este clamor vai crescer. 

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