• Projeto GrãO promove ação em creche no Caxambu

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  • 28/06/2018 10:05

    O tempo voa e são elas, as pessoas, que o pilotam. Pensando em gerenciá-lo de forma que o cultivo do bem se torne possível, uma dupla de amigas decidiu promover, mensalmente, ações de cunho social que, como sementes, possam crescer e florescer. O chamado Projeto GrãO tem como próxima atividade a distribuição de agasalhos infantis. O gesto, aberto ao público, acontece hoje, na Creche São Charbel, no Caxambu. 

    “De grão em grão temos, juntos, o poder da transformação”. Uma das fundadoras da iniciativa, a engenheira civil Paula Amaral, de 27 anos, conta que o projeto surgiu do interesse de encorajar boas ações.

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    “Dei início ao projeto junto da Cecilia Galli, minha amiga. Em outubro do ano passado, chegamos à conclusão de que seria melhor fazer alguma coisa, mesmo que uma vez ao mês, do que não fazer nada. Muitas pessoas estão na mesma situação que a gente, querendo fazer algo para ajudar aos outros, mas sem tempo e precisando de uma ajudinha”.

    A organização conta, hoje, com seis membros responsáveis por manter a engrenagem do projeto em funcionamento. Hoje, dia de jogo entre o Brasil e a Sérvia, cerca de 16 voluntários irão até a Creche São Charbel, localizada na Rua Flávio Cavalcante, número 51, às 14h40, para distribuir agasalhos infantis, camisas da seleção brasileira e, é claro, torcer pelo time ao lado da criançada. 

    Uma das pessoas confirmadas é a bancária Luana Vianna, de 32 anos. “Estamos muito animados. As crianças vão ficar muito felizes. A primeira ação em que participei foi com moradores de rua. Entregamos algumas quentinhas e, naquele dia, eu não queria ir embora de tão feliz que fiquei. Meu coração saiu de lá transbordando de alegria. É muito bom quando a gente tem a consciência de que está podendo ajudar o outro, de poder ouvir o que ele tem a dizer”. 

    A diretora administrativa da creche, Carmen Lucia Gonçalves da Silva, de 67 anos, conta que, atualmente, 165 crianças e jovens são atendidos pela instituição. Segundo ela, parcerias como essas são essenciais para auxiliar na manutenção do trabalho que evita que os alunos sejam vítimas dos problemas do bairro.

    “Justamente pela comunidade ter muitos problemas, com o andar dos anos fomos vendo que a gente perdia crianças com seis anos. E aí começamos a fazer o contra turno. Temos, hoje, 95 crianças de um a cinco anos e 70 de seis a dezesseis anos. Tem sido muito difícil, então, precisamos muito dessas parcerias porque é isso que ajuda o trabalho”.

    Para ‘Carminha’, como é principalmente conhecida, projetos como o GrãO são uma via de mão dupla. “A ação dos voluntariados acrescenta muito na qualidade do trabalho. Não é só a questão da ajuda, mas também do intercâmbio. Todo mundo sai ganhando. É bonito esse encontro e muito bom para a educação e formação dos alunos. Cada um ajuda um pouquinho e aí o milagre acontece”.

    De acordo com Paula Amaral, não só aqueles que tem sido ajudados, como aqueles que tem se engajado na proposta, têm sido mudados pela experiência, o que, de acordo com ela, pode ser tão importante quanto.

    “Cada ação que fizemos, mesmo que pontual e uma vez ao mês, é como se fosse um grão que a gente plantasse. Aos poucos, ele vai crescendo e florescendo. A ideia é que todos os voluntários e pessoas sejam um grão: levem o que virem e aprenderem com a gente e coloquem grãos em outros lugares também”.

    Pontos de arrecadação para eventuais doações, assim como mais detalhes sobre a iniciativa, podem ser conferidos nas páginas do projeto no Facebook (Projeto GrãO) e no Instagram (@projetograo) ou pelo telefone (24) 99279-3326.

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