• Djs petropolitanos ganham espaço no mundo da música eletrônica

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  • 27/06/2018 16:40

    Considerado o principal evento do Estado do Rio de música eletrônica, um dos maiores do Brasil e que reuniu em maio 15 mil pessoas, a festa Euphoria, realizada há 14 anos, é considerada uma grande oportunidade para “apresentar” ao público os Dj’s que estão se firmando no mercado. E foi justamente isso que o petropolitano Ricardo Paiva, de 23 anos, fez ao ficar em 1° lugar no concurso New Talent, promovido pela organização do evento. Na ocasião o rapaz ainda tocou, por cerca de uma hora, no palco principal.

    À frente do projeto Progressive Trance Prog-Machine, o Dj descobriu o amor pela música ainda pequeno, aos 13 anos, quando fazia aulas de teclado e bateria. Já adolescente, passou a trabalhar com luz e som em festas de 15 anos, casamentos e outros eventos. Foi nessa época que ele percebeu que gostaria de ser Dj. 

    “Saber que fui escolhido por voto popular num concurso tão disputado como o New Talent e de um evento grandioso como a Eufhoria me deixa muito feliz. Acho que Petrópolis com tanta cultura poderia ajudar na minha trajetória e tantos outros Djs”, opinou Ricardo.


    O estilo musical escolhido por Ricardo é o progressive trance, caracterizado pela progressão de elementos, como o próprio nome diz, e composto por batidas simples, que ganham composições mais complexas ao longo da música até o momento do o ápice. O estilo ainda combina batidas “pesadas” com psicodelia.


    Djs lutam por mais eventos de música eletrônica na cidade 

    Mais conhecidos como Pinky e Cérebro, Alan Santos e Breno Amorim, também já participaram da Eufhoria e buscam espaço para atuar cada vez mais em Petrópolis, e apresentar as novidades do segmento. O projeto dos petropolitanos teve início há três anos em festas “Open Air” de música eletrônica, mas o ritmo sempre esteve presente na vida deles. Atualmente, eles se apresentam principalmente no Rio de Janeiro, Magé e também Petrópolis quando surgem oportunidades.

    “O objetivo de todo DJ é tocar para o maior número de pessoas em lugares diferentes ao redor do mundo, mas principalmente ser bem recebidos e reconhecido dentro da cidade de origem. A cidade passa por um momento de renovação, com o surgimento de projetos que têm se destacado, mesmo assim ainda não temos muitas oportunidades. Os iniciantes são os que mais sofrem com a falta de abertura. Por isso, nosso objetivo é conseguir abertura para participar de diversos eventos culturais promovidos na cidade. Mas enquanto isso temos tentado suprir esse déficit organizando nossas próprias produções”, afirmou Breno.

    Eduardo Ribeiro Scremin, de 25 anos, também tem ganhado espaço no mercado e se apresenta como DJ em vários eventos no Rio de Janeiro e em Petrópolis. Segundo ele, a profissão está crescendo na cidade. “Já foi mais difícil conseguir tocar em festas daqui, mas ainda acho que o mercado pode melhorar. O Underground, um estilo de eletrônico mais pesado, por exemplo, é o que ainda encontra bastante resistência mas é preciso ser otimista e trabalhar bastante para conseguir mudar esse cenário. Assim como teve a Roda Cultural de Rap poderia ter uma de eletrônico, e mais espaço em festas como a Exposição Agropecuária”, salientou. 

    Eduardo também está à frente de projetos como o Unlimited de Progressive Trance, apresentado por ele mais em eventos no Rio de Janeiro, e o Bradock de Low Bpm, tocado mais em Petrópolis. “Os eventos mais importantes que participei foram o Iguaçu Trance, que reuniu 5 mil pessoas, e o Psycologic #2, com 3 mil pagantes. E claro, que assim como os outros, meu objetivo é ser reconhecido na minha cidade e no mundo. Queremos viver da profissão que amamos que é ser DJ e trabalhar sempre com música”, disse. 


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