Paciente com Guillain-Barré ainda está na UTI do Hospital A. Carneiro

A Secretaria de Saúde informou que o estado da diarista Denise Nunes, de 50 anos, internada na UTI do Hospital Alcides Carneiro,desde 16 de março, após ser diagnosticada com Síndrome de Guillain-Barré, continua estável. O medicamento para o tratamento da doença é aImunoglobulina, fornecido pelo governo do Estado e deve ser ministrado durante cinco dias. O que, de acordo com a secretaria, já foi feito.Agora, outros medicamentos estão sendo dados à paciente e são de uso do próprio HAC,onde está internada.Apesar do laudo médico apresentado à família da paciente relacionar uma possível correlação do desenvolvimento da síndrome como Zika vírus, o município informou que até o momento não há casos confirmados de Zika na cidade. Com relação à proliferação do mosquito aedes aegypti – transmissor da dengue, febre chikungunyae Zika vírus, a Coordenadoria de Epidemiologia e a Vigilância Sanitária informaram que com a chegada do período mais seco e com a queda das temperaturas, os índices de infestação tendem a reduzir,no entanto é preciso evitar os focos do mosquito durante todo o ano, não deixando água parada e mantendo os terrenos limpos, uma vez que os ovos sobrevivem por muitos meses em ambientes secos, até que o próximo período chuvoso e quente propicie a eclosão.Denise Nunes é o 1° caso da Síndrome de Guillain Barré com provável relação ao Zika vírus em Petrópolis.Ela deu entrada na unidade de saúde apresentando tetraplegia,um dos sintomas da doença, e precisou do auxílio de aparelhos para respirar.

Sobre a doença 

A Síndrome de Guillain Barréé uma doença autoimune,que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca parte do próprio sistema nervoso por engano.Isso leva à inflamação dos nervos, que provoca fraqueza muscular. Os sintomas são:fraqueza nas pernas, acompanhada de paralisia muscular,coceira, queimação e dormência. Não se conhece a causa específica da síndrome,mas ela acomete pacientes que apresentaram alguma doença infecciosa aguda entre uma e três semanas antes, e está associada a vários vírus,inclusive ao Zika, transmitido pela picada do mosquito aedes aegypti.No Brasil, a ocorrência de síndromes neurológicas relacionadas ao vírus Zikafoi confirmada após investigações da Universidade Federal de Pernambuco, a partir da identificação do vírus em amostra de seis pacientes com sintomas neurológicos com histórico de doença exantemática.Desse total, quatro foram confirmadas com doença de Guillain-Barré.A síndrome também pode ser desencadeada por uma infecção com a Campylobacter,um tipo de bactéria frequentemente encontrada em aves mal cozidas, vírus Influenza,vírus de Epstein-Barr, HIV, o vírus da Aids, pneumonia, e Linfoma de Hodgkin.