• Faltam materiais e insumos básicos no Posto de Saúde do Sargento Boening

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  • 21/06/2018 18:56

    A falta de materiais e insumos básicos no Posto de Saúde da Família do Sargento Boening, tem afetado o atendimento para os moradores. Uma simples aplicação de injeção ou a realização de um curativo, não pode ser feita por falta de gaze, soro e medicamentos. A situação dos servidores que trabalham na PSF também não é das melhores, além do desconforto de não poder atender a população por falta de insumos, os funcionários não têm nem papel higiênico no único banheiro da unidade.

    Lucas Carvalho levou seu primo, portador de um tumor no joelho, no PSF do Sargento Boening para uma aplicação de injeção, quando chegaram, o posto estava fechado para o almoço. Segundo ele, em outras oportunidades, não tinha profissional no local.

    “Meu primo tem câncer e para ele quase nunca tem atendimento. Ele precisa de alguém que aplique injeções e quando o posto não está fechado, falta algum profissional ou não tem material para aplicação. Hoje mesmo estive lá e estava fechado!”, relatou o estudante Lucas Carvalho.

    Na tarde desta quinta (21), a equipe da Tribuna esteve no local e não encontrou profissionais de enfermagem no posto para aplicações de injeções ou para procedimentos básicos. Também faltavam materiais e insumos essenciais na unidade, como: curativos, esterilizador para remoção de pontos, soro, papel toalha e até mesmo papel higiênico para uso dos servidores e pacientes que utilizam o PSF. Alguns equipamentos também estão quebrados.

    No banheiro, um aviso informa que “Não tem papel higiênico!” para alertar quem frequenta a unidade. O único banheiro também está sem descarga. 

    Uma médica de família atende a comunidade. Segundo alguns moradores, o atendimento dos servidores sempre foi com educação e cuidado, mas que a falta de materiais e a estrutura não permitem um atendimento de qualidade. Uma moradora que pediu para não ser identificada, confirmou que os moradores precisam levar os medicamentos caso precise de um atendimento específico.

    “Nós temos que levar os curativos porque a unidade não tem, e infelizmente quem trabalha ali não pode fazer nada. Até mesmo uma injeção que precise ser aplicada por uma enfermeira, temos que levar o medicamento. Eles nunca recusam o atendimento, mas temos que levar o material. Não entendo porque continuam com o posto já que não dão suporte com o básico.” reclamou a moradora 

    Perguntamos sobre a conservação e limpeza do local e fomos informados que a unidade também não conta com um auxiliar de serviços gerais.

    A Secretaria de Saúde disse, por meio de sua assessoria, que o posto de Saúde da Família do Sargento Boening funcionou normalmente ontem. Segundo a Secretaria, apenas a parada de uma hora para o almoço foi realizada. A justificativa para o fechamento na quarta-feira foi um curso de aperfeiçoamento, oferecido pela Secretaria de Saúde, em Educação Popular em Saúde para a equipe do posto. A capacitação é oferecida semanalmente. A nota explica ainda que uma reunião de equipe ocasionou o fechamento da unidade na terça-feira. 

    A Secretaria de Saúde disse ainda que as medidas buscam fortalecer as ações dos agentes comunitários de saúde nas comunidades e a participação popular nas ações do SUS. A Prefeitura garantiu que o posto está com equipes completas, com médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários. Sobre a falta de materiais, a pasta informou que vai apurar as denúncias com relação à falta de insumos.

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