• Momento complicado

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  • 17/06/2018 08:00

    E a Copa começou, curiosamente sem aquela febre comum nas anteriores. Desta vez ela não conseguiu empolgar: a comoção alienadora não está se fazendo presente. As razões são várias, mas todas passam pelo mau momento presente que vivem o País, os Estados e principalmente os municípios. 

    Apesar de todo o esforço da mídia televisiva, poucas manifestações públicas são vistas. Aqui em Petrópolis, o Grande Hotel, na Rua do Imperador, colocou bandeirinhas nas sacadas e foi o primeiro a engajar-se no espírito da Copa; também em algumas comunidades foram colocadas bandeirinhas, mas tudo de forma muito tímida e comedida, se comparadas com as festividades do passado.

    Como disse acima, o momento é ruim. Petrópolis sempre teve uma política paroquial e singular a ela. Vivenciamos uma ruptura de credibilidade, quer na Prefeitura quer na Câmara Municipal. Não há petropolitano satisfeito ou esperançoso de uma melhoria do quadro atual. A baixa estima do povo, se faz ver neste encolhimento e na falta de vontade de festejar.

    Esta semana, a educação fez uma greve branca, algo que serve para que se pense em por que as coisas não vão bem. Que legado estamos tendo neste um ano e meio de governo municipal ou como acreditar em uma Câmara, que age em total dissonância com os interesses da sociedade cujo papel é representá-la?

    A ruptura de credibilidade explica muita coisa. Nunca vimos em administrações e em legislaturas passadas um momento tão desestimulante e com tantas dúvidas; associada a isto, a expectativa de mais um aumento das passagens, algo que, diga-se, poderá vir a ocorrer nos próximos dias, como mais uma maldade contra o povo e a favor das empresas privadas.

    Se isto é preocupante? Sim, sem dúvidas, muito, afinal de contas, restam dois anos e meio, antes que se possa votar alguma mudança. Só resta torcer, e não pelas nossas preferências na Copa, mas sim por uma administração e uma legislatura que olhe pelo povo e não só para si.

    Como sempre afirmei, sou um otimista por excelência e um apaixonado por Petrópolis e sua história e esta última não será manchada por maus políticos; eles são passageiros e o tempo se encarregará que sejam esquecidos.

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