Sistemas de vidas impressos pelos homens
Não existem efetivamente fórmulas de vida.
Por isso mesmo, não poderão existir sistemas impostos pelas mentes que comandam uma nação, principalmente sem que visem ao bem comum e ao progresso de um povo em matéria de educação, saúde e respeitando todos os direitos legais.
As diversas fases da vida humana nos fazem tomar decisões, nos fazem percorrer trajetórias e extensões calcadas nas necessidades em que nos encontramos, de acordo com o clima, os costumes, as tendências e os movimentos dirigidos dentro de nosso campo social e geofísico.
O homem imprime à sua vida ordens e sistemas que ele próprio criou e elaborou, sistemas estes que, literalmente, ultimam favorecimentos, decorrem de erros e trazem, a inúmeras pessoas, elevados níveis problemáticoAs, de distúrbios sociais e humanos, não favorecendo o quanto deveria ser.
Não manuseando bem as suas próprias leis, as suas próprias ordens, o homem se vilipendia, se distorce em seus próprios valores morais e se lança a executar textos e leis que fazem povos retrocederem, países se digladiarem, indivíduos se matarem, almas a sofrerem.
Que tipo de sistemas o ser humano está usando para tentar descortinar um algo maior e fazer-se inovador de acontecimentos terrenos?
Vejamos quais os sistemas de vida usados em nossa contemplação diária.
Sistemas únicos de declínios e de ordens compulsivas dirigidas a direcionamentos questionáveis, onde as criaturas se calam por medo, se acautelam e se tornam prisioneiras, dentro de seus próprios limites. Os destinos são aleatórios, à vontade do Estado, à revelia das intuições e pretensões, apenas manipulados por interesses dúbios.
Nada invejável esse sistema, puramente ditatorial e humanamente reprimido, onde o ser criado por Deus não vale nada além de um trabalho a mais a render frutos a uma corporação unilateral, exclusivista, paranoica e interesseira.
Sim, aliás, o acúmulo de mentes deformadas se torna reduto de incompreensões e desvarios.
Outro sistema vibrante é o acumulativo e pretensiosamente moderno, dinamizando os valores, as forças em direção a posições totalmente radicais e extremistas, onde o homem tem seu valor pela ordem numérica que poderá representar.
A avaliação humana ainda é falha, por isso a introspecção precisa existir voltada a ponderações, a refazimentos individuais. O homem é a força sim, mas precisamente por ele ser uma força, deverá ser respeitado como individualidade; não podemos uniformizar toda uma nação, pois somos livres e diferentes, temos caracteres a serem respeitados, tendências a serem cumpridas, resoluções únicas e privadas.
As tendências nacionalistas, embora em perfeitas conjugações aos ultimatos modernos e necessários, podem, com o excesso de materialismo, deturpar as mentes e fazer de um povo um poder a ser espoliado e deturpado.
Não precisamos de sistemas e projetos, que estabeleçam rigorosos panoramas fictícios e fraudulentos. Nós precisamos de saber que somos irmãos e que viver em conjunto é trabalho difícil sim, mas, para isso, encarnamos num território humano carente, deficiente, mas de que nós necessitamos; se estamos aqui, somos iguais ou piores e por isso precisamos abrir nossos braços e, receosos ou não dessa continuidade, irmanarmo-nos e tornarmo-nos uma única nação mundial, onde não precise haver sistemas aparamentados, onde a ordem seja uma vida voltada ao amor, ao perdão, à compreensão; onde todos juntos possam permanecer em união de almas e sentidos, para que a vida se torne perfeita e conveniente a abrandar todas as deficiências, todas as tristezas e, por onde andarmos, que encontremos a alma de Deus refletida num sorriso ou numa lágrima, mas que possamos saber compreender a dor ou a alegria, para que a vida possa ser sempre livre, alegre e compreendida harmonicamente.