• O que a “falida” Argentina tem a nos ensinar sobre o hóquei

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  • 21/11/2022 08:19
    Por Roberto Márcio, especial para a Tribuna

    Sem entrar na seara política, vale uma reflexão sobre um país vizinho que sofre uma crise econômica absurda, mas não esquece de atender ao esporte. É um exemplo que deveria ser seguido por outras nações, entre elas o Brasil. Recentemente, os argentinos sediaram o World Roller Games – a maior multi competição de esportes que usam patins – durante nove dias e conseguiu não apenas fazer um belo evento, mas vencer em várias categorias.

    A seleção brasileira feminina de hóquei tradicional, cuja base é formada por jogadoras de Petrópolis e tem o técnico da Casa de Portugal local, não tem sequer a mínima condição de bater de frente com as rivais argentinas. Em primeiro lugar, mesmo com crise e tudo mais, existem ginásios especializados, apoio ao hóquei (e outras modalidades de patins), preços baratos para adquirir o material do esporte…. A Argentina é muito superior ao Brasil.

    Ricardo Bouchardet, o Boucha, vê o hóquei brasileiro distante dos argentinos, a começar pela estrutura e apoio tanto governamental como empresarial ao esporte. Mesmo não sendo um esporte difundido no Brasil – apenas poucos estados mantêm times competitivos -, o hóquei é e provavelmente será coadjuvante no cenário internacional. Ainda assim, as brasileiras conseguiram um vice-campeonato Intercontinental dentro do World Roller Games.

    Petrópolis tem muita tradição no hóquei e poucos sabem (e dão valor) a isso

    De acordo com o escritor e esportista, Gabriel Fróes, o hóquei sobre patins teria surgido em Petrópolis no ano de 1931, na Praça da Liberdade, especificamente no Rink Marowil. Porém, há dados que falam já em meados da década anterior. A modalidade fincou seus pés aqui e, apesar de enfrentar forte falta de investimento, sobrevive Deus lá sabe como (eu sei, na realidade!), ganhando até títulos.

    A dura realidade das hoqueistas de Petrópolis em disputa internacional.
    Foto: Divulgação

    Petrópolis tem muita tradição no hóquei e poucos sabem (e dão valor) a isso 2

    Hoje, a Casa de Portugal de Petrópolis abriga o trabalho de hóquei sobre patins no município. No ginásio Mário Machado, por exemplo, acontecem os treinos das equipes de competição e as escolinhas, todas mantidas por Ricardo Bouchardet, que comanda a seleção brasileira feminina. No entanto, o próprio Boucha admitiu, após o World Roller Games, que está difícil manter o trabalho da modalidade.

    Petrópolis tem muita tradição no hóquei e poucos sabem (e dão valor) a isso 3

    Clubes da cidade no passado – Mocidade, Atlântico e Copacabana – não têm mais registros oficiais de suas atividades. Após isso, os demais clubes abraçaram a modalidade, como o Serrano – que já recebeu no ginásio Affonso Paoni a seleção de Portugal e há registros disso na sala de troféus do Leão da Serra -, Petropolitano, Internacional e mais recentemente o Corrêas, que em 2007 venceu o Campeonato Brasileiro.

    Petrópolis tem muita tradição no hóquei e poucos sabem (e dão valor) a isso 4

    Mais registros do passado do hóquei sobre patins se confundem com o crescimento da Cidade Imperial. A febre do hóquei, nas décadas de 30 e 40, influenciou até mesmo na construção do Hotel Quitandinha, que fez ali próximo uma quadra para a modalidade em 1945. Até ali, Petrópolis recebeu adversários do Rio e de São Paulo, com expressivas vitórias sobre os visitantes.

    Petrópolis tem muita tradição no hóquei e poucos sabem (e dão valor) a isso 5

    Se abordarmos a história recente do hóquei, da década de 90 para cá, inevitavelmente não se pode esquecer o nome de Hélio Santos Júnior, o Helinho, que morreu no dia cinco de fevereiro de 2019, vítima de um infarto. Além de jogador hoqueista, foi dirigente da Federação de Hóquei do Rio e Confederação Brasileira, sendo o mecena que realizou feitos por Petrópolis no esporte, como título brasileiro e a manutenção da modalidade.

    José Cícero Eloy e Letícia brilham nos 10 quilômetros da Petrópolis Night Run

    Mais de mil pessoas participaram na noite de sábado da edição 2022 do Petrópolis Night Run. Desde cedo, a Praça da Águia – local de largada – recebeu centenas que prestigiaram a realização da corrida noturna que ficou dois anos sem ser realizada, por causa da Covid-19. A vitória nos 10 quilômetros ficou com José Cícero Eloy, que superou Bryan Matheus e João, respectivamente segundo e terceiro colocados; no feminino, Letícia levou a melhor, sendo que Patrícia Sanches, de Nova Iguaçu, terminou na segunda colocação e Elisângela Thomaz, em terceiro.

    Equipe Elo Atle teve José Eloy como vencedor da Petrópolis Night Run.
    Foto: Divulgação

    A despedida de Wellington Brasa: o instrutor e competidor de jiu-jitsu que era uma referência

    Morreu na semana passada o petropolitano Wellington Brasa, um dos mais concorridos instrutores de jiu-jitsu de Petrópolis. Vítima de um infarto enquanto dormia, Brasa foi atendido pela manhã por uma equipe do Samu, que tentou reanimá-lo, sem sucesso. Ele ministrava aulas na Sociedade Coral Concórdia e em sua despedida centenas de esportistas envolvidos com a defesa pessoal foram dar o último adeus.

    Wellington Brasa (em pé com quimono azul) era referência no jiu jitsu local.
    Foto: Arquivo Pessoal

    Corrêas volta a falhar no final e empata com Maricá; decisão da semi fica para quarta

    A decisão da vaga para a semifinal do Campeonato Carioca de futsal (categoria de adultos) ficou para a próxima quarta-feira. Menos mal, o duelo será em Petrópolis, mais especificamente no ginásio Belmiro José Sant’anna, em Corrêas. O Corrêas, que empatou em 2 a 2 com o Maricá no primeiro jogo das quartas-de-final, voltou a repetir os mesmos erros que teve com o Vasco: levar gols no finalzinho da partida.

    Ceac/Araruama (Arraial do Cabo) prova que seu projeto tem consistência

    O Ceac/Araruama – ou Arraial do Cabo – provou, nas quatro linhas, que seu projeto tem um objetivo bem específico: chegar à elite do futebol do Rio. No sábado passado, conquistou o título estadual da Série B1, ao empatar com o Pérolas Negras em 0 a 0, num jogo disputado no estádio Lourival Gomes, em Saquarema. Este é o segundo acesso do time da Região dos Lagos, que no ano que vem disputará a Série A-2.

    Ceac Araruama ganhou o título da Série B1.
    Foto: Ceac/Araruama

    Barra da Tijuca, ex-parceiro da Interfut, vai jogar a Série B1 em 2023

    O Clube Atlético Barra da Tijuca vai disputar a Série B1 em 2023, ao lado do Serrano e tantos outros. O time tricolor voltou a vencer o Goytacaz no último sábado, no estádio Ary de Oliveira, por 2 a 1 (já havia vencido o primeiro duelo decisivo por 2 a 0) e ficou com o título do Campeonato Estadual da Série B2. O tricolor, que conseguiu o acesso, já teve como parceiro a Interfut, hoje a responsável pela gestão do futebol do Serrano.

    Curtas

    • Serrano segue imbatível como maior público – A decisão da Série B1 foi assistida por 500 pessoas, no Lourival Gomes. Já na partida que levou o Pérolas Negras à final, contra o Serrano, houve aproximadamente mil pessoas em Petrópolis. Ou seja, simplesmente o dobro.
    • Na expectativa do que será a temporada 2023 – Ainda não se sabe como será a temporada 2023 do Petrópolis/Gonçalense, que vai jogar a Série A2 e a Copa Rio. O técnico Alexandre Gomes fica?

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