Moradores pedem volta de ônibus no Chácara Flora
Quem mora na parte alta do Condomínio Residencial do Chácara Flora está há 15 dias sem a linha de ônibus executivo que atendia o local. Os moradores afirmam que a linha Estrada do Paraíso foi retirada pela PetroIta e, agora, a ladeira de 1km, entre a portaria do BNH e os blocos finais do condomínio precisam ser percorridos a pé ou com o único táxi disponível na região.
Em nota o Setranspetro informou que a linha foi retirada de circulação porque a demanda é insuficiente para oferecer o serviço.
Enquanto isso, os moradores sentem na pele a falta do ônibus na localidade, como as aposentadas Anna Souza Bastos, 85 anos e Catarina da Silva, 67 anos. As duas moram na parte alta do Condomínio e estão tendo que subir a pé todo o percurso para chegar aos seus apartamentos.
“Nós precisamos muito desse ônibus. Uma vez já tentaram tirar a linha daqui e conseguimos manter com um abaixo-assinado dos moradores, agora estão dizendo que o ônibus está em manutenção. Não tem outro? Temos que pagar táxi para subir, e lá embaixo só tem um”, disse a aposentada, Catarina da Silva.
“Tenho 85 anos, como posso subir essa ladeira gigantesca? Estou tendo que sair menos porque não dá para pagar táxi todos os dias”, conta Anna Souza Bastos. Os moradores do condomínio estão fazendo um novo abaixo-assinado para pedir a linha de volta. Quem chegou do trabalho e foi imediatamente assinar a lista foi a confeiteira Gloria Santin. Ela que mora também na parte alta do condomínio, sobe todos os dias a pé para chegar em casa.
“Desço às 5h da manhã e quando chego vou subindo devagarinho, porque para descer é fácil, mas para subir tem sido bem puxado. A gente vai sentando nos bancos de ponto em ponto para descansar. Estamos aguardando uma posição da PetroIta. Enquanto isso, temos que mostrar nossa indignação de alguma forma” relata a confeiteira de 61 anos.
O Setranspetro disse que o executivo não é uma linha que obedece ao sistema de transporte coletivo urbano, sendo um serviço seletivo que tem uma demanda específica, que nos últimos meses não estava tendo a quantidade suficiente de clientes para equilibrar o serviço..