Black Friday deve aumentar em 15% as vendas no comércio petropolitano, diz Sicomércio
A Black Friday acontece oficialmente no dia 25 de novembro. A temporada é marcada por preços baixos, promoções e oportunidades. No entanto, é preciso atenção para não cair em golpes nesta data.
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio), a Black Friday deve aumentar em até 15% as vendas no comércio petropolitano, levando em consideração a melhora no cenário econômico percebido nas últimas datas importantes para vendas.
“Os empresários se prepararam para esta data articulando promoções e investindo em publicidade nas redes sociais. Além disso, devemos considerar que muitas pessoas aproveitam as promoções para adiantar as compras do Natal. É importante que os petropolitanos prestigiem o comércio local e comprem nas lojas, fortalecendo o setor que é responsável pelo sustento de muitas famílias”, explica o presidente do Sicomércio, Marcelo Fiorini.
Correspondendo às pesquisas nacionais, nessa época, eletrônicos, roupas e brinquedos costumam ser os produtos mais procurados.
Segundo um levantamento da Nuvemshop, quase metade dos empreendedores espera um aumento de até 30% no faturamento de novembro em comparação ao mês de outubro. O que confirma os dados da Associação Brasileira do Varejo (ABV), que revela que esse tipo de data deve aumentar, no mínimo, 12% as vendas neste segundo semestre nos mais diversos setores econômicos.
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Confiança dos consumidores caiu com a retomada econômica
No entanto, uma pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) mostra que consumidores fluminenses estão menos confiantes com a retomada econômica do país e do estado para os próximos três meses. O levantamento, feito entre os dias 15 e 18 de outubro, com 320 pessoas, aponta que 35,9% dos entrevistados estão pessimistas ou muito pessimistas com a retomada da economia brasileira, contra 31,6% da pesquisa feita em setembro. Os confiantes ou muito confiantes diminuíram de um mês para o outro: 46,6% em agosto para 45,3% em outubro.
Em relação à retomada econômica do estado no próximo trimestre, o pessimismo também aumentou. Em setembro eram 36,3%; em outubro, 42,2%. Os confiantes ou muito confiantes somam, na pesquisa atual, 37,6% contra 40,7% do mês passado.
Inadimplência e endividamento
A pesquisa também mostrou que o número de consumidores inadimplentes nos últimos três meses aumentou. Na ocasião, 29,4% disseram ter ficado inadimplentes ou muito inadimplentes, enquanto na pesquisa anterior esse número era de 27,6%. Ficaram pouco inadimplentes 15,6%. No mês anterior eram 17,8%. Os consumidores que não ficaram inadimplentes foram superiores à sondagem anterior: 54,4% (setembro) e 55% (outubro).
Entre os que ficaram inadimplentes, o cartão de crédito continua sendo o maior motivo, com 62,4%, seguido das contas de luz, gás, telefone, água e internet (39%), crédito pessoal (37,6%), cheque especial (22%) e IPVA (21,3%).
O número de consumidores endividados ou muito endividados nos últimos três meses, segundo a nova pesquisa, ficou em 38,8%, abaixo do levantamento anterior que apresentou índice de 43,1%. Os poucos endividados somam 25%, contra 26,9% de setembro. 36,3% não ficaram endividados. Na pesquisa do mês passado, eram 30%.
Medo de perder o emprego
Nos últimos três meses, 32,8% tiveram muito medo de perder o emprego, 17,5% afirmaram que tiveram pouco medo e 49,7% não tiveram medo.
Em relação aos próximos três meses, 27,5% disseram que estão com muito medo de perder o emprego, enquanto 47,8% não têm esse temor. Na ocasião, 24,7% relataram pouco medo de perder o emprego.
Renda familiar
A quantidade de consumidores fluminenses que afirmaram ter sofrido diminuição na renda familiar nos últimos três meses apresentou queda de 46,7%, em setembro, para 40,1% nesse novo levantamento. Os índices mostram que aumentou ou aumentou muito a renda familiar de 18,1%, contra 14,3% da pesquisa anterior. Na ocasião, 41,9% disseram que a renda familiar continuou como está, enquanto 39,1% tiveram essa sensação no mês passado.
Para os próximos três meses, 22,5% acham que a renda familiar vai reduzir ou reduzir muito, número menor do que na sondagem de setembro, que apontou 22,9% dos consumidores com essa sensação. Já os que acham que a renda familiar vai aumentar ou aumentar muito subiu em relação ao mês passado: 29,3% (setembro) e 30,3% (outubro).
Consumo de bens duráveis
Nos últimos três meses, 47% disseram que os gastos foram menores com bens duráveis. Na ocasião, 23% gastaram mais e 30% tiveram gastos iguais.
Questionados sobre os gastos com bens duráveis nos próximos três meses, 42,8% afirmaram que irão mantê-los, enquanto 30,7% diminuirão e 26,5% aumentarão.