• Ela largou a carreira como advogada e transformou hobby em profissão

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  • 12/06/2018 19:25

    É sempre tempo de recomeçar. A frase empregada normalmente para questões pessoais também serve quando o assunto é a carreira profissional. E foi justamente isso que a fotógrafa Andréa Bretas fez já depois dos 40 anos: recomeçou. Mesmo sendo formada em Direito e atuante na área há 15 anos, casada, mãe e com estabilidade financeira, uma pergunta começou a fazer parte do dia a dia dela: o que mais ocupa meu tempo me faz feliz? Depois de encontrar a resposta, em 2016, Andréa decidiu investir pesado emuma nova trajetória profissional. 

    Assim como ela, esse perfil de mulheres empreendedoras, emponderadas e corajosas cresce cada vez mais e é responsável por grandes descobertas. De acordo com o banco de dados do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em 2016 existiam no país cerca de 7,2 mil estudantes com esse perfil estagiando em organizações públicas e privadas. A mudança, é claro, não é fácil, nem repentina. No caso de Andréa, ela diz que já sabia que tinha habilidades artísticas e que o segmento a preenchia de alguma forma. Mesmo assim, transformar um hobby, que, segundo ela, foi abafado por décadas e nunca havia recebido a devida atenção, em profissão não foi uma tarefa simples. Foi necessário muita especialização e grande investimento financeiro para se tornar a fotógrafa que é hoje. 

    Determinada a oferecer um trabalho impecável e diferente do habitual, ela arregaçou as mangas e mergulhou de cabeça na nova escolha. “Sempre amei estudar e buscar conhecimento. Então, enquanto cursei Direito, fiquei de fato encantada. Atuei como consultora na área médica, após as especializações que fiz, dei palestras e por um tempo gostava disso. Mas o mundo jurídico é complicado e muitas vezes não condiz com a teoria aprendida. Isso foi me frustrando ano após ano, até que percebi o quanto estava me fazendo mal continuar trabalhando na área. Foi aí que decidi mudar”, conta.

    Andréa vem de uma família de artistas, pintores, e escritores, e desde jovem gostava de fazer telas e esculturas. Algumas inclusive foram vendidas e expostas no Brasil e no exterior, onde morou enquanto o marido, médico, fazia especializações na área. Mesmo assim nunca tinha encarado a arte como profissão. “Não é fácil assumir um novo rumo para a vida. Claro que senti muito medo, e por isso foquei nos estudos para me aprimorar e dominar minha nova profissão. Fiz cursos aqui e no exterior com diversos profissionais renomados e investi pesado em equipamentos de ponta. Hoje me sinto realizada com o que faço. O processo de criação é uma terapia, uma forma de “desnudar” meus sentimentos, e traz grande satisfação profissional. Isso não tem preço”, disse satisfeita.

    Fotografia lúdica

    Fotografia feita por Andréa Bretas usando figurinos e criando ambiente lúdico.

    Após muito estudo Andréa descobriu o tipo de fotografia que ama: lúdica. Cavalos “no estilo unicórnio”, fadas, rainhas… isso é só uma pitada do que a profissional oferece. Ao entrar no estúdio, extremamente organizado e bem equipado, a sensação é de estar em outro mundo – um mundo de conto de fadas em que as possibilidades são infinitas. Arco e flecha, espadas, fantasias de princesas, roupas infantis de época e românticas, e acessórios de todos os tipos, são apenas alguns dos figurinos adquiridos pela fotógrafa e utilizados durante os ensaios. “Amo fotografar pessoas! Claro que não precisa ser necessariamente com os figurinos, mas confesso que é algo que amo. Gosto de levar quem está sendo fotografado para bosques e lugares lindos, assim o processo criativo com quem está sendo clicado é incrível. Faço ensaios com pessoas de todas as idades. Apenas as crianças precisam ter no mínimo seis meses. E é impressionante como em todos os casos o resultado é extraordinário”, disse, animada.

    Outra paixão da fotógrafa é viajar. Recentemente esteve na África, onde fotografou em vilas e safáris. As imagens impressionam e parecem verdadeiras pinturas. Por isso é comum que amigos, familiares e clientes peçam que as fotos sejam transformadas em quadros para enfeitar casas, escritórios… “Meus planos futuros são ampliar recursos, elevar a qualidade do meu trabalho, e proporcionar para as pessoas ensaios com mais sentido de vida. Sem dúvida não me arrependo da mudança que fiz. E se você está se fazendo a mesma pergunta que eu me fiz em 2016, chegou a hora de repensar o que você quer para você: planejar, ousar e ser feliz”, aconselhou.

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