Por 10 votos a três, Câmara rejeita pedido de abertura de processo de cassação contra Paulo Igor e Dudu
Sob protestos do público, com 10 votos contrários e apenas três a favor, a Câmara Municipal rejeitou nesta terça-feira (5) os pedidos de abertura de processo de cassação dos vereadores Paulo Igor, preso desde o dia 12 de abril em Bangu, e Dudu, que está foragido. Os dois são acusados de crimes de fraude em licitação e peculato e, apesar disso, continuam recebendo salários.
Apenas os vereadores Leandro Azevedo (PSD), Antonio Brito (PRB) e Gilda Beatriz (PMDB) votaram a favor da abertura do processo de cassação. Todos os demais – Justino do Raio X (MDB), Marcelo da Silveira (PSB), Roni Medeiros (PTB), Ronaldão (PR), Jorge Relojão (PRP), Márcio Arruda (PR), Reinaldo Meirelles (PP), Wanderley Taboada (PTB), Luizinho Sorriso (PSB) e Maurinho Branco (PP) – votaram contra os pedidos. Este último voltou à Câmara Municipal nesta terça-feira, em clara articulação do governo para tentar evitar a cassação dos mandatos.
As denúncias pedindo a cassação dos dois vereadores foram apresentadas por Yuri Moura e Daniel Lúcio da Silveira, que se basearam em publicações na imprensa e no processo. Eles sustentam que Paulo Igor e Dudu cometeram crime, conforme denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro. Entre os artigos nos quais eles se baseiam para pedir a cassação está o inciso terceiro do artigo 42 da Lei Orgânica Municipal (LOM), que aborda os motivos de cassação de vereador, entre eles: “utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa”.