Feira tem preços altos e bancas sem mercadoria

Mesmo com o fim da greve dos caminhoneiros, ainda faltam produtos nas feiras livres da cidade. Na manhã dessa sexta-feira (1°), quem foi à Rua Francisco Manoel, na Mosela, não encontrou algumas frutas e hortaliças. Além disso, os consumidores ainda estão tendo que pagar mais caro por alguns produtos. Os feirantes acreditam que o abastecimento deve ser normalizado na próxima semana.

"Ainda não é possível encontrar algumas mercadorias no Ceasa, mas aos poucos as coisas estão voltando ao normal", disse o feirante André Bastos, de 30 anos. Ele vende frutas na feira da Mosela há 16 anos e ontem não pode oferecer mamão, limão e banana. "Não trouxe porque os preços estavam absurdos. Não tinha como repassar para os meus clientes, optei por não trazer", comentou.

André compra os produtos na Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ) e segundo ele, a caixa de mamão estava custando ontem R$ 45. Geralmente, o mesmo produto era encontrado por R$ 17. "O limão estava custando entre R$ 150 e R$ 160 a caixa. Antes da greve, comprava por 80 Reais", disse o feirante.

Outros produtos como batata, cebola, beterraba e jiló também tiveram aumento no preço. Segundo o feirante Bráulio Azevedo, de 40 anos, as mercadorias chegaram para os clientes em torno de R$ 1 mais caro o quilo. "A batata custava cerca de R$ 3 antes da greve, agora estou vendendo a R$ 4,99. O tomate está saindo a R$ 6,99 e a cebola a R$ 5,99. Infelizmente tivemos que repassar os preços", lamentou Bráulio.

Mesmo com os produtos um pouco mais caro e com a falta de algumas mercadorias, a aposentada Ivone Silva, de 81 anos, fez questão de ir à feira. "Já vi que não tem mamão, era um produto que eu queria comprar", disse a idosa. Ela contou que costuma ir com frequência à feira da Mosela por causa dos preços e da proximidade. "Moro aqui perto. É mais prático. Espero que os preços estejam compensando", ressaltou.

Além da Mosela, na manhã de sexta-feira também teve feira livre no Quitandinha, em frente à sede da Comdep, na Rua Ayrton Senna. Já a feira na Praça 14 Bis não aconteceu. Segundo informou em nota o Departamento de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o produtor rural que se prontificou a vender produtos agrícolas no local – legumes e verduras – disse que conseguiu vender o que restava da produção semanal diretamente para restaurantes da cidade. A venda de produtos na praça 14 Bis foi autorizada pela Prefeitura no início da semana devido à greve dos caminhoneiros, permitindo assim que os produtores pudessem vender suas mercadorias diretamente aos clientes.