Fantoches e marionetes
A greve dos caminhoneiros arrepiou a nação e, principalmente, perfumou negativamente os ternos dos engravatados lá de Brasília, de quaisquer poderes. Viu-se quão despreparados estão todos diante da responsabilidade de administrar o país.
No caso deles, a palavra administrar nem cabe porque são únicos desejos que embalam a quase todos viajar nos aviões da FAB, morar em apartamentos executivos, receber combustíveis, selos postais, passar fins de semana prolongados em praias francesas ou tomando água de coco nas caribenhas paragens afrodisíacas da boa vida, estar em banquetes e recepções besuntando os lábios com caviares e assemelhados, recebendo verbas para suas campanhas eleitorais e alguns, autênticos bandidos de “smoking”, agindo desavergonhadamente nos escuros labirintos dos “propinodutos”. Por fim, com salários e vantagens financeiras subsidiados com os escorchantes impostos que a receita federal recolhe da indefesa população, que paga horrores para rubricas de prestação da maioria dos inexistentes serviços constitucionalmente obrigatórios do Estado.
E, grave, horrível mesmo: após nos livrarmos dos discursos desconexos da ex-presidenta, que até divertiam, somos obrigados a ouvir explicações de um cidadão da larga confiança do presidente, de rosto largo e sobrancelhas cerradas, que não diz coisa com coisa, mistura os vocábulos, que nos faz sentir ser desprovido de mínimo raciocínio lógico, dando a impressão de que irá desmontar a qualquer momento, liquefazendo-se pelo chão como gelatina derramada. Do mesmo quilate o presidente do Senado Federal, o ministro Padilha e o Moreira Franco que se assemelha a um fantasma – de tão lácteo em cor da epiderme – que nada diz, como não comenta, tal um fantasma proibido de se manifestar diante dos mortais em exercício. E com elevado cargo junto ao presidente prestigiador impressionista em seu bailado com os dedos.
E todos estamos como marionetes manietados nas mãos desses políticos que já estão preparados para novas postulações que possam mantê-los no olimpo, tal como os habitantes daquela fantasia clássica, sujeitos às paixões e diatribes da natureza humana.
Por final, a constatação de que existem empresários de desonestidade ignorante, que remarcando combustíveis e tudo o mais no embalo da desgraça da população abandonada, deveriam ir para a Papuda ou estação de férias similar. Também empresários dos transportes que estão sendo investigados por locaute, recurso ilícito e insustentável diante da moral e da lei.
Em conclusão: o povo brasileiro votante continua sofrendo por causa do seu próprio voto clientelista e desprovido do mínimo bom senso, porque, digam o que disserem os petistas e comunistas, o atual presidente da República foi votado pelo povo com maioria dos votos, umbilicado ao infeliz penduricalho feminino inventado por sua excelência metalúrgica.
O povo come (ou não come) o que escolheu e pt saudações.