• Sistema de energia solar protege o bolso

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  • 21/05/2018 18:43

    A procura por implementar o sistema de energia solar nas residências vem aumentando ao longo dos últimos meses. A mudança, que não altera a rede elétrica já existente nas casas, vem sendo apontada como solução para a economia por ter baixo custo de manutenção, ser uma fonte de energia sustentável e também um investimento no qual o retorno pode surgir dentro de pouco tempo.

    O professor Geraldo Costa instalou o sistema de energia solar em casa e se sente privilegiado por poder compartilhar os ganhos com outras pessoas. Através do sistema de geração distribuída, a quantidade de KW/h que não é consumida na residência é fornecida à concessionária e pode beneficiar a diversos outros. “Os números variam. Em alguns momentos, a gente consegue captar mais energia e, em outros, menos. Em apenas dois meses após a instalação, as primeiras contas de luz vieram zeradas. É uma questão muito interessante e que proporciona bons resultados”, explica.

    Segundo Rodrigo de Lima, sócio-diretor de uma empresa que atua no segmento, o preço para implementação pode variar por conta da estrutura da casa. “Se for uma laje, o tipo da telha e até o solo pode influenciar. A posição das placas também é uma questão muito importante. O sistema não modifica a rede elétrica já existente e, quanto maior a conta, a redução do valor aumenta”. 

    Os preços vêm influenciando as decisões dos brasileiros em relação ao sistema. De acordo com o empresário do setor, é um investimento que certamente tem retorno positivo para o consumidor. No caso de empresas, o tempo de retorno do investimento é de dois anos; já no caso de residências, a economia pode ser percebida a partir de cinco anos. Rodrigo afirma que linhas de crédito vêm sendo desenvolvidas para estimular a compra dos brasileiros, assim como condições especiais de parcelamento. “Com o financiamento, é possível ter o valor que geralmente é pago na conta de luz sendo substituído pelas parcelas do investimento”, afirma.

    Na última sexta-feira (18), o ministro de minas e energia, Moreira Franco, anunciou que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil devem criar linhas de financiamento para a instalação de placas de geração de energia solar em residências. O ministro destacou que a carga tributária é absolutamente extorsiva e que há muitos subsídios que ajudam a encarecer a conta. “Esperamos que a difusão da energia solar possa ajudar a reduzir o preço final da eletricidade no país, algo que é preocupante atualmente”, disse Moreira.

    Para contabilizar o gasto de energia gasta na casa e repassada é necessário utilizar um relógio bidirecional. O que não é consumido no local acaba sendo destinado para outros locais e revertido em crédito, que pode ser usado em até 60 meses. Carlos Eduardo Leal, empresário do setor, diz não ser possível reduzir o consumo em 100%, pois em dias chuvosos ou à noite, o cliente acaba consumindo a energia fornecida pela concessionária. 

    A montagem do sistema varia de acordo com a quantidade de painéis que serão instalados no imóvel. Além disso, é necessária a emissão de documentação técnica pelo CREA, o que solicita a ligação da energia junto a concessionária. Já a Aneel é quem determina os prazos para documentação e para que se inicie o funcionamento. O especialista ressalta ainda a importância da aprovação do INMETRO para que o equipamento seja conectado à rede.

    Um levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica mostrou que, em Petrópolis, são cerca de 50 unidades com o sistema instalado. Mais da metade foi feita do ano passado para cá. Os especialistas dizem que o setor ainda engatinha, mas há a perspectiva de crescimento para os próximos anos. O professor deixa uma dica para quem estiver construindo e pensa em usar a energia solar no futuro: “É importante observar a posição do telhado para obter o máximo rendimento da captação. No verão conseguimos produzir até 3800 kw de energia. Em períodos como o outono e inverno, a variação registrada pode ir de 600 a 1100 kw”.

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