Espécie rara de felino ameaçada de extinção é avistada no norte do RJ
Gato-maracajá foi fotografado na Estação Estadual de Guaxindiba
Uma espécie rara de felino nativo da Mata Atlântica e em risco de extinção foi avistada pela primeira vez, na Estação Estadual de Guaxindiba (EEEG), no norte fluminense, pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro.
Embora o animal já tivesse sido detectado em armadilhas fotográficas, somente no início deste mês, os guarda-parques conseguiram avistar o gato-maracajá (Leopardus wiedii) e fotografá-lo.
De acordo com o Inea, a imagem foi feita durante ação de educação ambiental na EEEG com uma escola da região. A existência do gato-maracajá na unidade, já era conhecida há cinco anos por pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que realizaram um trabalho científico no local por meio da instalação de câmeras trap em toda a estação.
O animal, no entanto, nunca havia sido visto pessoalmente até a semana passada, quando pesquisadores começaram a monitorá-lo, após o avistamento na mata.
Segundo o Inea, o gato-maracajá é um felino de hábitos noturnos e solitários característico da Mata Atlântica e será incluído no Plano de Manejo de Guaxindiba.
O presidente do Inea, Philipe Campello, comemorou a descoberta. “O Inea trabalha diariamente na promoção e manutenção do bem-estar dos animais silvestres do estado do Rio de Janeiro. Ficamos muito felizes com aparições como essa, porque a preservação das espécies, um dos pilares do instituto, é essencial para a sustentabilidade de ecossistemas como a Mata Atlântica”, observou.
EEEG
A Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba, que é administrada pelo Inea, foi criada em 2002. A unidade se espalha por uma área de aproximadamente 3.260 hectares e está localizada no município de São Francisco de Itabapoana, em área de baixada litorânea.
“A unidade de conservação foi criada com o objetivo de proteger a formação florestal do bioma Mata Atlântica, conhecida como Mata de Tabuleiro, situada numa planície costeira, a 25m acima do nível do mar”, completou o Inea.