• Jovens com deficiência enfrentam dificuldade para conseguir transporte para tratamento em Petrópolis

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  • 11/10/2022 16:30
    Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

    Os pais de jovens com deficiência vêm enfrentando um grande problema no município: a falta de transporte para locomoção dos alunos para tratamento na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Para Laisa Rios, que mora no Quitandinha, a situação tem ficado insustentável.

    Em janeiro foi solicitado o transporte. Em julho, Laisa recebeu um e-mail do Núcleo de Tutela Coletiva da Defensoria Pública informando que o secretário de saúde iria resolver a situação ainda naquele mês. No entanto, nada foi resolvido.

    Laisa afirma que antes da pandemia alguns usuários da Apae eram transportados pela Secretaria de Saúde. Com a volta das atividades no local, os responsáveis dos jovens deram entrada no processo para conseguir o transporte para a Apae. No entanto, segundo ela, a Prefeitura de Petrópolis negou o fornecimento do transporte.

    “Conforme fomos pleiteando, eles [Prefeitura] marcaram e realizaram um fórum da pessoa com deficiência para que fossem criadas políticas públicas e para que fosse discutida a questão do transporte dos deficientes. Algumas crianças são cadeirantes, outras possuem dificuldade de locomoção; andam, mas com dificuldade. Tem crianças que moram em Itaipava. Eu moro no Quitandinha e não tenho transporte público perto de casa. Tenho que andar uma distância muito grande com a minha filha para poder pegar o ônibus com ela.”, desabafa Laisa.

    Laisa explica que, depois do fórum, algumas famílias foram chamadas na Secretaria de Saúde e lá tiveram a negativa. Isso aconteceu mesmo sabendo que, segundo estimativa feita pela Assistente Social da Apae, 24 crianças com deficiência precisam do transporte. Para Laisa, o fato de a Secretaria de Educação possuir transporte para levar as crianças para a escola e a Secretaria de Saúde negar o oferecimento de ônibus para levar as crianças para o tratamento é algo de difícil entendimento.

    “Estamos em uma Instituição [Apae] que fornece o tratamento de forma gratuita e é um tratamento que o município não fornece para nós e se nós formos para o sistema, o município também não vai conseguir acolher esses usuários da Apae para fornecer esse tratamento.”, conta.

    Cristina Scardino é mãe de Vitória, de 21 anos. A responsável conta que as crianças deficientes estão sem transporte há um tempo. “Desde a pandemia quando parou tudo, a Apae também parou. Eles colocaram outras pessoas no lugar das nossas crianças especiais e desde então estamos sem transporte, não estamos conseguindo mais.”, conta a mãe.

    Em resposta à Tribuna, A Secretaria de Saúde informou que o termo de referência para contratação de uma empresa com carros adaptados já foi concluído e será protocolado para o processo de licitação nos próximos dias. O transporte de pacientes com mobilidade reduzida foi debatido no 1º Fórum da Pessoa com Deficiência.  A discussão resultou no início do estudo para viabilizar o transporte intradomiciliar para tratamentos dos pacientes.

    Também questionamos a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, que não nos deu resposta até o fechamento da matéria.

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