• Joaquim Eloy, decano da A.P.L.

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  • 04/10/2022 12:33
    Por Fernando Costa

    Dizer das virtudes a ornar uma pessoa tem sabor especial, ainda mais quando privamos de seu convívio. Uma delas é o Professor Joaquim Eloy Duarte dos Santos.  Dispensa apresentações. Transita em todos os escalões do notável saber, quer no desempenho das funções de ator, produtor, diretor, teatrólogo e escritor de nomeada ou, também, compondo belas poesias, pesquisas históricas, produções jornalísticas e arrazoados filosóficos inerentes ao pensador e humanista do cenário intelectual. Durante décadas, lecionou em colégios da cidade e na Universidade Católica de Petrópolis, onde granjeou uma senda de ex-alunos, amigos e admiradores. É Bacharel em Direito, jornalista, dramaturgo, autor de mais de 30 peças de teatro infantil e adulto, diretor do Teatro Experimental Petropolitano e Conselheiro da Escola de Música Santa Cecília.  Membro Titular da centenária Academia Petropolitana de Letras, de cuja instituição é o decano, o segundo e o terceiro longevos somos, respectivamente, eu e o professor Paulo César dos Santos. Associado e ex-presidente do Instituto Histórico de Petrópolis, autor de várias pesquisas na área, principalmente no que diz respeito à História de Petrópolis. Quem o conhece ou já ouviu falar de sua obra está, com certeza, diante de um mecenas em sua plena acepção. Vinte e quatro horas são dedicadas ao apostolado acadêmico, mantendo viva a memória e a história de nosso povo. É, na verdade, um Anjo Tocheiro a iluminar caminhos e a descortinar horizontes. Joaquim Eloy faz-me lembrar do Apóstolo e Evangelista Lucas, no Capítulo 11, versículo 33 das Sagradas Escrituras ao pontificar que “ninguém acende uma lâmpada para colocá-la em lugar escondido ou debaixo do alqueire, e sim sobre o candelabro, a fim, de que os que entrem vejam a luz”. É o guardião da cultura, mantendo acesa a chama do amor impregnada da dedicação e inestimáveis préstimos à humanidade. Honra-me privar de sua amizade e convívio na Academia Petropolitana de Letras e no I.H.P.  Integramos, atualmente, também, a categoria de “Membros Eméritos” da Academia Petropolitana de Poesia Raul de Leoni, hoje, Academia Brasileira de Poesia-Casa de Raul de Leoni. Esse panteão cultural foi idealizado pelo professor Paulo César dos Santos do qual somos, eu, ele e o professor André Heidmann cofundadores, adveio em 15 de agosto de 1983, isto é, há 39 anos. Ao longo de seus oitenta e sete anos de existência, tem prestado larga folha de serviços às letras e às artes. No decorrer de várias gestões, integrei sua Diretoria em todas as funções. Prossegue a concretização do sonho concretizado em 3 de agosto de 1922, em pleno ano da Semana da Arte Moderna.  Petrópolis louva seu ilustre filho, nascido aos 10 de fevereiro de 1935, do lar de Astrogilda Duarte dos Santos e de Joaquim Heleodoro Gomes dos Santos, confrade esse que, também, tem seu nome gravado a ouro nos anais cultuais e artísticos da Imperial Cidade, sobretudo, por haver sido o idealizador, junto a João Roberto d’Esgragnolle e Reynaldo Chaves, dentre outros, por ocasião da fundação da  A.P.L. Sublinhei em perfunctória síntese alguns itens curriculares, pois, sua bibliografia é rica em obras, o currículo e as premiações traduzem o seu caminhar.

    A seguir, reproduzo o texto por mim escrito quando organizei, no exercício de minhas funções na Academia Petropolitana de Letras, bela homenagem ao ensejo do 75º aniversário de nascimento deste amigo, celebrado em 10-02-2010:

    “Ao amigo Joaquim Eloy

    Junto aos Anjos, no Panteão Celeste, estão vários dos amados Heleodoros, entre eles,
    pai querido, que inúmeras obras trouxeram à luz, destacando em seu mecenato
    A
     nossa Academia Petropolitana de Letras.
    Quisera eu, compor o mais belo poema
    Uma elegia a tão ilustres menestréis que, para sempre, permanecerão
    Incrustados na joia plantada na montanha
    Matizada em vários tons, quão hortênsias azuis, róseas e lilases trazendo os céus a terra.

    E na constelação resplandecente e bela a
    Lua se junta às estrelas e encandecem o Confrade-amigo Joaquim Eloy
    Ornando-o em guirlandas, tecidas pelos louros da vitória, constituindo-se por seus méritos,
    Ycone das letras, artes e da história, da Terra de Pedro, Thereza Cristina, Isabel e de todos nós.

    Dentre os inúmeros dons que Deus lhe deu
    Um deles destaco e louvo a toda hora, porque
    Ama e preserva as raízes, em intensa e diuturna luta,
    Ressaltando os feitos, mantendo acesa a memória e
    Tendo como meta o incessante trabalho, no multifacetado leque que se abre
    Enobrecendo a literatura, o teatro, o jornalismo, o magistério, a poesia e muito mais.
     
    Da senda de aptidões e bênçãos colhidas, estão ao longo da jornada,
    Os seus setenta e cinco anos que ora celebramos.
    São na verdade, somatório, marco e festa para o universo acadêmico e incontáveis admiradores.

    Saúde, paz e bênçãos estes sim, os melhores presentes, junto aos parabéns
    Ao filho, pai, esposo e avô, a uma só voz.
    Neste momento e sempre, creia e certo esteja que
    Tanto mais queria dizer e expressar, em preces e abraços de pura amizade.
    O agradecer ao herói desta Cidade que tanto bem espalha no intenso caminhar.
    Senhor, que por muitos anos Eloy continue gravando a ouro belas páginas, em Sua honra e glória.”

    Este é Joaquim Eloy que abrilhanta os palcos, orgulha o magistério e à Família que o tem como paradigma de filho, esposo, pai, avô, parente e amigo por demais querido e amado.  A você, o pódio e os louros, na certeza de que haveremos de usufruir do privilégio de tão amável presença por muitas décadas e seja para glória de Deus e da doce Mãe dos Céus. Viva Joaquim Eloy, irmão, amigo e grande herói.   

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