Candidatos famosos não repetem desempenho passado e não são eleitos em 2022
Alguns candidatos com experiência política, projeção nas redes sociais e altos índices de votação em eleições passadas não conseguiram repetir o desempenho e foram derrotados nas urnas neste domingo, 2. Mesmo aqueles que já cumpriam mandato tiveram dificuldades para atrair eleitores neste ano e superar a onda bolsonarista que dominou o pleito para o Legislativo.
É o caso de Alexandre Frota (PSDB-SP), que fez carreira na televisão. Ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), ele se elegeu para a Câmara dos Deputados pelo PSL (então sigla de Bolsonaro) em 2018 com mais de 150 mil votos. Neste ano, tentava uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), mas recebeu 24 mil votos e não se elegeu. Ele desembarcou do bolsonarismo após criticar as atitudes do presidente, em 2019, e desde então passou a fazer críticas publicamente ao chefe do Executivo.
Também houve nomes tradicionais da política que não se elegeram. O senador José Serra (PSDB) ficou em 80º lugar no número total de votos para deputado federal por São Paulo, tendo sido escolhido por 88.926 eleitores. O ex-senador José Aníbal (PSDB), que já foi vereador, deputado federal e secretário do governo de Geraldo Alckmin (PSB), teve desempenho ainda pior: ficou em 306º lugar, com 7.692 votos.
Por outro lado, houve candidatos famosos que se mantiveram no bolsonarismo e superaram seu desempenho de 2018. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) recebeu 214.733 votos, mais que o dobro dos cerca de 86 mil recebidos nas eleições passadas.
O estreante Mario Frias, que assim como Frota fez carreira na TV, chegou ao governo como secretário especial de Cultura no meio do mandato de Bolsonaro e teve 122.564 votos em sua primeira eleição, o que lhe valeu o mandato de deputado federal.