Quem sobe e quem desce com o resultado das eleições

E o resultado das eleições este ano deixou muita gente surpresa pelo desempenho favorável e desfavorável dos candidatos.  A gente já falou que Hugo Leal, eleito com 50. 067 votos acabou ficando menor em comparação a eleições anteriores justamente este ano em que foi relator do orçamento secreto. Na última, em 2018, ele conquistou 63.561 votos e, em 2010, foram mais de 98 mil.

Encolheram

Mas a quantidade de votos de uns acaba encolhendo outros. Eduardo do Blog, vereador candidato a federal com 17.347 votos, superou seu colega e chefe de partido, Matheus Quintal, do Republicanos, que em sua investida como prefeito somou 5.404 votos. Também encolheu Gilda Beatriz, que na última eleição a deputada, em 2018, teve 16.834 votos e nesta eleição estacionou em 11.920 votos.

Minguou

Leandro Azevedo, que em 2020 chegou a ter 23.719 votos e quase tira Bernardo Rossi do segundo turno na eleição para prefeito, também minguou com 16.766 votos.  Outro ex-vereador que não decolou foi Maurinho Branco que permaneceu com uma votação de  legislativo local, com 4.030 votos.

Sai menor

Também é emblemático o fraco resultado nas urnas de Marcus Vinicius, ex-Neskau. Presidente nacional do PTB, sigla do ex-sogro Roberto Jefferson, Neskau precisava de um mandato como deputado federal para ter solidez necessária à importância do cargo partidário.  Mas, acabou ficando com 24.219 votos.

Sem mandato

Também não podemos deixar de assinalar que os três inimigos que fizeram as pazes para rumar junto nesta eleição – Bernardo Rossi, Leandro Azevedo e Marcelo Lessa – não vingaram. Bernardo reduziu os 56 mil votos de 2014 para 32.955 e acabou como primeiro suplente; Leandro encolheu como dissemos e ficou com 16.766 votos e Marcelo Lessa teve votação de vereador, somando 3.865 votos.

Votação na própria cidade

A quantidade de votos para senador e deputados da cidade foi pulverizada também por outros municípios. Mas, pegando assim, ‘purinho’, os votos que tiveram em Petrópolis a gente tem a ideia de que não foram bem aceitos pelos conterrâneos. Daniel Silveira, que concorreu ao Senado sub judice, teve aqui 36.454 votos dos seus mais de 1,5 milhão de votos.

Petropolitanos de fora e raiz

Hugo Leal, de Ouro Fino, com domicílio eleitoral no Rio, mas que se apresenta como representante de Petrópolis, aqui teve 9.404 votos. Neskau, natural de Duas Barras, mas que também se considera petropolitano, recebeu na cidade 5.318 votos. Bernardo Rossi – esse petropolitano-raiz e ex-prefeito – teve aqui 20.984 votos.

Foi pouco

Ex-prefeito de Três Rios e sempre citado como um possível candidato a executivo petropolitano pela transformação econômica que proporcionou em sua cidade natal e que nos causa inveja,  Vinicius Farah teve votação nas cidades vizinhas melhor do que em Petrópolis, mesmo com apoio dos vereadores Fred Procópio e Domingos Protetor.

Bolsonaro venceu em Petrópolis

Essa eleição, apesar de Bolsonaro ter conquistado 55,23% dos votos não foi boa para os bolsonaristas de Petrópolis. Octávio Sampaio somou 11.244 votos, dos quais 10.160 da cidade e, Elias Montes, dos 10.967 votos no total, teve 10.166 votos em Petrópolis.

Dever de casa 1

E Petrópolis continua sendo bolsonarista. Dos votos válidos para presidente, Bolsonaro ficou com 51,06% da preferência do eleitorado contra 40,7% de Lula. Significa que os esquerdistas Rubens Bomtempo e Yuri Moura, este eleito deputado estadual, tem dever de casa para ser feito para o segundo turno. 

Dever de casa 2

E para este dever de casa, tanto esquerdistas quanto bolsonaristas, têm a missão de tentar conquistar votos dos 58.471 moradores que deixaram de ir às urnas (23,98%), os 3.538 votos em branco (1,91%) e os 5.677 eleitores (3,06%) que anularam seus votos.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br