• Tecnologia de ponta na produção cervejeira

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  • 07/05/2018 16:57

    O título de Capital Estadual da Cerveja tem ajudado a atrair para Petrópolis não só um público apaixonado por cerveja, como tem favorecido a consolidação de novos mercados. Além do segmento artesanal, marcas petropolitanas investem em tecnologia e produtos diferenciados e, com isso, estão conquistando o gosto popular. Há 20 anos no mercado, a Cervejaria Cidade Imperial Petrópolis se expandiu e tem se tornado referência entre as cervejarias tradicionais.

    Há quase um ano instalada no Bingen, a produção que começou artesanal em uma microcervejaria na Mosela, hoje já consegue produzir a capacidade total da fábrica. São 60 mil hectolitros de cerveja por mês. Na fábrica são produzidas as cervejas Império, dos tipos pilsen, gold, larger em embalagens de 200 a 600 ml. E a tradicional Cidade Imperial, nos tipos pilsen, helles e dunkel. E a empresa ainda é dona do energético Dopamina, que é produzido em uma fábrica terceirizada. 

    Para alcançar essa produção, o Grupo Irmãos Faria investiu 183 milhões entre 2015 e 2017, principalmente, em uma tecnologia de ponta, vinda da Alemanha. De acordo com o gerente industrial e mestre cervejeiro Ricardo Kenzo, a empresa possui hoje a tecnologia mais moderna do país, e consegue fazer o reaproveitamento de 100% dos insumos produzidos.

    “A ideia de construir a fábrica em Petrópolis foi pensando em duas vertentes: contribuir no desenvolvimento da cidade e gerar oportunidades de trabalho. Nos últimos anos a cidade perdeu grandes indústrias, e fez muitas demissões. Muitos desses funcionários foram absorvidos por nós. A fábrica hoje tem cerca de 200 empregos diretos de funcionários da cidade e da região serrana”, disse.

    De acordo com dados da empresa, a expectativa é de que até 2020 sejam criados 180 novos empregos diretos na fábrica. Além das 70 vagas indiretas geradas no município (terceirizados) e 1.300 gerados através de 16 distribuidoras em território nacional. Atualmente, a empresa fornece para Petrópolis e demais cidades do estado, e para o estado de São Paulo.

    A preocupação em produzir a cerveja preservando o modelo tradicional, começou desde a escolha do bairro onde a fábrica seria instalada. “A escolha do Bingen também não foi ocasional. Além do critério de logística, nos escolhemos um bairro que pudéssemos incorporar as características da cidade na fábrica. E foram tomados todos os cuidados ao construir uma fábrica dentro da cidade. O principal deles, é o investimento em tecnologia. Por ser um sistema muito automatizado, não dá margem para erros”, destacou o gerente. 

    Desde a obra de construção da fábrica, diversos projetos vem sendo elaborados e implantados para promover melhorias no bairro e minimizar os impactos ambientais. A fachada do prédio colonial foi totalmente preservada, e atualmente passa por obras de restauração, para não perder as características da época de sua construção.

    Projetos como o de preservação e recuperação de nascente, que através da Secretaria de Meio Ambiente financiará durante o período de 4 anos, 50 microprodutores rurais. O reflorestamento de 4 mil metros quadrados de áreas escolhidas pela Prefeitura, já foram feitas a doação de 1.200 mudas. A plantação de grama em uma área de 11 mil metros quadrados determinada também pela Prefeitura. E um projeto que já está em execução que é a reforma da Mina d’água na entrada do Bingen. 

    Segundo o gerente industrial, outra preocupação que a empresa tem tomado é sobre o volume dos ruídos emitidos pela fábrica. Segundo ele, apesar de estarem dentro do permitido pela legislação, foram encomendados estudos de uma empresa especializada em medição de ruídos, que ajudará na elaboração de soluções para atender melhor as necessidades da população. 

    Além dos projetos, a empresa faz o reaproveitamento quase que total da água e de insumos. Após passar pela rede de tratamento de esgoto da própria Cidade Imperial, a água é descartada no rio com cerca de 98% de pureza. Que pode ser aproveitada para o consumo na agricultura e animais. O reaproveitamento de energia no aquecimento da água, permite uma economia de 25% de energia e 0% de gases poluentes jogados na atmosfera. 

    Com um controle de qualidade rígido, a empresa importa boa parte da matéria-prima da Alemanha, mas toda a água utilizada no processo é extraída aqui mesmo na cidade. Após passar por quatro grandes áreas de fabricação, a cerveja chega na embalagem, que possui uma roupagem diferenciada. E um lacre único, que também são importados. “É com orgulho que levamos a tradição cervejeira da cidade para onde nossos produtos vão. Tanto que além dos detalhes que remetem ao império, a marca leva o nome da cidade”.

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