• Reino Unido: órgão de controle orçamentário começará análise na próxima semana

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  • 30/09/2022 20:55
    Por Associated Press / Estadão

    O órgão independente de controle orçamentário do Reino Unido anunciou nesta sexta-feira, 30, que entregaria uma análise inicial do plano econômico do governo aos funcionários do Tesouro na próxima semana, pressionando a primeira-ministra Liz Truss a divulgar um documento visto como crucial para reconstruir a confiança após um amplo pacote de cortes de impostos não financiados desencadear turbulência nos mercados financeiros.

    O anúncio do Escritório de Responsabilidade Orçamentária (OBR, na sigla em inglês) veio depois que funcionários da agência realizaram uma reunião sem precedentes com Truss e o chefe do Tesouro Kwasi Kwarteng. Após a reunião, o governo não se comprometeu a divulgar imediatamente a análise do OBR, dizendo apenas que publicaria a previsão econômica e fiscal completa da agência conforme programado em 23 de novembro.

    Os investidores estão esperando para ver a análise do OBR sobre o plano com 45 bilhões de libras (US$ 50 bilhões) de cortes de impostos que muitos consideram benéficos para os ricos e seriam pagos por uma onda de empréstimos públicos. A falha do governo em fornecer esses números levou a libra a uma baixa recorde em relação ao dólar nesta semana e forçou o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) a intervir no mercado de títulos para proteger os fundos de pensão. O OBR disse que já começou a revisar o plano e entregaria a primeira versão dessa análise para Kwarteng em 7 de outubro.

    “A previsão será, como sempre, baseada em nosso julgamento independente sobre as perspectivas econômicas e fiscais e o impacto das políticas do governo”, disse o OBR em comunicado. Foi a primeira vez que funcionários do OBR se encontraram com um primeiro-ministro desde que a agência independente foi criada há 12 anos. O presidente do comitê do Tesouro da Câmara dos Comuns disse que a reunião foi uma oportunidade para o governo mudar seu rumo. As conversas entre Truss, Kwarteng e o OBR provavelmente foram “difíceis” porque os investidores querem ver análises independentes mostrando que os planos da nova primeira-ministra não levarão os empréstimos do governo britânico a níveis insustentáveis, disse Mel Stride, membro do Partido Conservador.

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