• CPM 22 faz viagem afetiva aos anos 90 e Glória Groove emociona

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  • 09/09/2022 08:07
    Por Daniel Silveira e Julio Maria / Estadão

    Havia um saudosismo no ar logo na primeira música. Badauí liderando o CPM 22, como fez no próprio Rock in Rio, de 2015 e 2019, falava com uma ou duas gerações à frente da que estava nos shows dos anos 90, mas isso não parecia distanciá-lo da plateia. Foi um show, como ele prometeu antes, aos repórteres do Multishow, cheio de obviedades e com algumas surpresas. O Mundo dá Voltas estava lá, assim como Escravos, Desconfio e Não Sei Viver Sem Ter Você.

    Uma surpresa foi vê-lo cantar com Sérgio Britto, dos Titãs. Tudo Vale a Pena (Se a Alma Não é Pequena) é um bom rock feito em parceria por eles, que acabou sendo seguida pela titânica Será Que é Isso que Eu Necessito? (que bem poderia ter sido corrigida depois de tantos anos pelo certo “será que é disso que eu necessito?”).

    Britto chegou querendo enaltecer os parceiros, mas provocou um quase ruído. “Eles são a melhor banda da geração deles”, disse ao público, deixando Badauí encabulado. “Em música, não tem essa na música de melhor ou pior.” E Britto respondeu: “Ah, pra mim tem.” Britto saiu depois de suas duas participações e o grupo retomou o controle, com Dias Atrás, tudo bem pesado nas mãos do novo batera, Daniel Siqueira, que entrou no lugar de Japinha, saído da banda em 2020. “Um país que valoriza a cultura não precisa de armas, arma mata as pessoas”, disse Badauí, antes de apresentar o baixista, também estreando em um Rock in Rio, Ali Zaher, e iniciar Um Minuto para o Fim do Mundo. Apostas e Certezas, Inevitável, Tarde de Outubro, tudo cantado a muitas vozes. O CPM 22, há mais de 20 anos na estrada, pegou a indústria do disco ainda a todo vapor, e se beneficia disso até hoje. Sua existência é uma grata memória afetiva.

    Gloria Groove

    O que se espera de uma artista pop quando ela sobe em um palco? Vocais, dança, mudança de figurino, luz, pirotecnia… Teve tudo e mais um pouco no show que Glória Groove apresentou no Palco Sunset do Rock in Rio, no dia dedicado ao Divino Feminino. A cantora drag queen cantou, dançou, emocionou a plateia e se emocionou, principalmente quando cantou ao lado da mãe.

    Glória apresentou o que chamou de Lady Leste Tour 2.0, o show baseado no seu último lançamento. A apresentação começou com a música A Queda e seguiu com hit após hit, fazendo o público dançar e cantar junto com a Lady Leste, persona assumida pela cantora depois de seu último disco que tem o mesmo nome. Entre um bloco e outro do show, Glória fez troca de figurino, dançou com o balé, conversou com o público. Entregou show digno de uma grande artista pop.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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