Moradores reclamam do mau estado das ruas no Alto Independência
A falta de conservação e manutenção em ruas do Independência tem deixado localidades ilhadas em dias de chuva. Com calçamento precário e sem sistema de drenagem eficiente, vias ficam alagadas e cheias de lama, dificultando a entrada e saída dos moradores.
Entre os pontos mais críticos estão as ruas Evaldo Braga, Leonor Maia, Antônio da Silva Ligeiro e Alexandre Fiani, por onde passam milhares de pessoas diariamente. O carpinteiro Álvaro Filho, de 32 anos, disse que já reclamou várias vezes em nenhuma delas foi atendido. “Eu ligava, ligava, e ninguém atendia. Aí passei a ir até a Prefeitura para reclamar. Mas também não tive sucesso. A gente acaba ficando desgastado e revoltado”, disse.
A aposentada Sônia da Motta, de 68 anos, disse que tem dificuldade para sair de casa, principalmente em dias de chuva. “Já não dá para sair normalmente, sem chuva, porque o calçamento é muito ruim. Aí se chover, não tem nem chance”, contou.
A jovem Jaqueline da Motta, de 19 anos, que leva a avó para a fisioterapia, reclama. “Pra mim isso é falta de respeito. A pessoa paga impostos em dia e como recompensa fica isso aí. A rua desse jeito, cheia de buracos e sem condições”, disse a neta de Sônia.
A lojista Celina de Oliveira Cavalcanti, 46 anos, já perdeu três dias de trabalho neste ano porque não conseguiu sair de casa depois de um temporal. Segundo ela, a água da chuva, que desceu do alto do morro, acabou se represando próximo a sua casa. “Não passava nada. Carro, moto, bicicleta, nem a pé. Isso tem se repetido ultimamente com certa frequência, o que atrapalha todos que moram nessa parte”, contou.
Numa dessas ruas, moradores já se reuniram em um mutirão para recuperar o pavimento. “Tivemos que fazer a rua com nossas próprias mãos. Cada um pagou um pouco, e no final, quem não podia pagar com dinheiro nos ajudou a fazer o pavimento, porque o calçamento antigo estava horrível”, contou Celina.