• Coração de Santos Dumont está exposto no Museu Aeroespacial no Rio de Janeiro

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  • Assim como D. Pedro I, pai da aviação também teve o coração embalsamado

    23/08/2022 19:57
    Por Helen Salgado

    Em comemoração ao Bicentenário da Independência, o coração de D. Pedro I veio de Portugal para o Brasil para ser exposto no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro. A notícia agitou a internet, muita gente ficou surpresa com a possibilidade de guarda de um órgão humano por tanto tempo.  Mas, o que poucos sabem, é que no Brasil há o coração de uma figura da história tão importante e famosa quanto: Santos Dumont. O coração do pai da aviação, como é conhecido, está exposto no Museu Aeroespacial também no Rio de Janeiro. 

    O aeronauta brasileiro se suicidou aos 59 anos – em meio a revolução constitucionalista contra o governo de Getúlio Vargas. A ideia de retirar o coração de Dumont surgiu quando foi dificultada a possibilidade de transportar o corpo, que estava no Guarujá, para ser sepultado no Rio de Janeiro. A família do aeronauta consultou o professor da Faculdade de Medicina, Walter Haberfeld, para verificar a possibilidade de embalsamar Dumont até que o transporte e o funeral acontecessem. No entanto, o professor deu a ideia de retirar os órgãos para desacelerar a decomposição. Na época, Haberfeld descartou as vísceras de Dumont porque não tinham utilidade, mas como “lembrança”, o professor guardou o coração do aeronauta.

    Foi feita uma escultura com uma esfera dourada para armazenar o coração de Dumont. No entanto, Américo Monterosa e Guy Eymmonet, os autores da obra, não souberam que a esfera guardaria o coração de Dumont até a conclusão. Durante a Semana da Asa, em 1944, o coração foi levado ao Rio de Janeiro em um voo e foi entregue ao então Ministro da Aeronáutica, Joaquim Pedro Salgado Filho, pelo presidente da Panair, companhia aérea brasileira, Paulo Sampaio.

    A escultura foi montada no local e o órgão foi armazenado dentro da estrutura com cerca de 10 polegadas com pequenos furos representando as “estrelas do universo”. Desde então, a peça está exposta no Museu Aeroespacial do Rio de Janeiro aberta à visitação.  

    Museu Casa de Santos Dumont em Petrópolis

    A casa foi residência de verão de Santos Dumont e é conhecida como “A Encantada”. No local há um acervo de objetos, livros, cartas e mobiliário, bem como o chuveiro e a escada de entrada, com degraus em forma de raquete, que só se pode acessar começando com o pé direito. Além disso, no Centro Cultural 14 bis, anexo à Casa, é possível assistir a um curta metragem sobre Santos Dumont.

    Foi nessa casa que o aeronauta escreveu seu segundo livro, o autobiográfico “O que eu vi. O que nós veremos”. A casa, que hoje é um dos principais pontos turísticos da cidade, foi doada pelos sobrinhos e únicos herdeiros de Santos Dumont à Prefeitura de Petrópolis com o intuito de que nela fosse instalada uma instituição que perpetuasse a memória do inventor.  

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