• Desclassificado da Volta da França, Quintana desiste de competir na Espanha

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  • 18/08/2022 11:54
    Por Estadão

    Um dia após ser desclassificado da Volta da França, o ciclista Nairo Quintana desistiu de disputar a Volta da Espanha, nesta quinta-feira. O colombiano pretende se concentrar em sua defesa para tentar recuperar a sexta colocação obtida na competição mais importante da modalidade, na França.

    O atleta de 32 anos foi punido por ter ingerido remédio banido, mas que não configura doping. O analgésico tramadol, proibido em 2019 pelos efeitos colaterais que pode apresentar e não por alguma vantagem a ser obtida na performance esportiva, é do tipo opióide e foi detectado em suas amostras de sangue.

    Quintana perdeu o sexto lugar obtido na Volta da França, disputada no mês passado, mas pode seguir competindo nas próximas semanas. Apesar disso, ele decidiu ficar fora da importante Volta da Espanha, que começa nesta sexta-feira.

    “Algumas horas se passaram (desde que fui notificado) e pude refletir melhor sobre o assunto. Neste momento, eu não tenho cabeça ou corpo para competir, mesmo eu tenho confirmado minha presença na Volta da Espanha. Não estou em condições. Prefiro voltar para a casa para me organizar e preparar a minha defesa”, declarou o colombiano, nas redes sociais.

    Resquícios do analgésico foram detectados em amostras de sangue “ressecado” colhidas nos dias 8 e 13 de julho, durante a Volta da França. O caso de Quintana é o primeiro do mundo do esporte a ser constatado por este método novo de análise, o chamado “dried blood spot” ou DBS, aprovado pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) no ano passado.

    De acordo com a União Ciclística Internacional (UCI), a substância não configura doping, mas demanda punição por conta dos riscos à competição relacionados aos efeitos colaterais. “Além do risco de dependência e vício, o medicamento apresenta comumente efeitos colaterais adversos, como tontura, sonolência e perda de atenção, que são incompatíveis com o ciclismo competitivo e pode colocar em perigo outros competidores”, argumenta a UCI, em suas regras médicas.

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