• Sem DNIT e DER, Prefeitura já fez melhorias em 12 km da União e Indústria

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  • 15/03/2018 12:00

    Sem ter como esperar que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) cumpram suas obrigações e executem melhorias na Estrada União e Indústria, a Prefeitura assumiu o compromisso de tapar os buracos da via: o serviço já foi executado em 12 quilômetros da estrada. “É a principal ligação com os distritos e não podemos deixar 100 mil pessoas isoladas. Trabalhamos em duas frentes: a de reparos emergenciais e a de cobrança oficial aos órgãos que são responsáveis pela estrada”, diz o prefeito Bernardo Rossi.

    A intenção é conseguir que os governos Federal e Estadual façam a manutenção viária na estrada, que tem 25 km. Hoje, é a equipe da Secretaria de Obras que faz o serviço, em virtude do risco de acidentes por causa da grande quantidade de buracos. Segundo informações do Governo Municipal, desde janeiro mais de 12 km da estrada receberam 225 toneladas de asfalto. No entanto, o Município segue exigindo que os dois órgãos cumpram a função.

    Contagem feita pela CPTrans aponta que, em média, 25,5 mil veículos passam diariamente pelo trecho que vai do Retiro a Pedro do Rio, que é administrado pelo Dnit. Já o trecho entre Pedro do Rio e Posse é de responsabilidade do DER e tem movimento de 14 mil veículos, em média, por dia. Os números evidenciam a importância da conservação da estrada para segurança dos motoristas.

    “A Estrada União e Indústria é a principal ligação do Centro com os distritos. E, não à toa, tem fluxo de veículos e pessoas muito grande. Por isso a manutenção viária é tão fundamental. A Secretaria de Obras faz um serviço temporário, mas é necessário que Dnit e DER retomem a atribuição de manter as boas condições da pista e, assim, evitar acidentes”, afirma o prefeito Bernardo Rossi.

    O número de acidentes é alto nesta via. Nos últimos cinco anos, foram 371 acidentes com 279 vítimas, em média, por ano. No primeiro semestre do ano passado, foram 143 acidentes com 174 vítimas – duas fatais. Desses, mais da metade das ocorrências foram com motos.

    Em meados de janeiro, a Secretaria de Obras realizou tapa-buracos em 5,5 km da via, em um trecho bastante precário entre o Retiro e Corrêas. Foram dois caminhões com 30 toneladas de asfalto aplicados em cerca de 240 m² de buracos neste espaço. Na última segunda-feira, outros quatro caminhões com 60 toneladas de asfalto foram usados em uma das faixas entre a entrada do Castelo e a Ponte do Arranha-Céu, em Itaipava. Na terça, o trabalho aconteceu novamente entre Retiro e a entrada do Carangola, com mais quatro caminhões. Nesta quarta, foram utilizados mais cinco caminhões – 75 toneladas – na outra faixa entre Castelo e Itaipava.

    “O Município faz o tapa-buracos em toda cidade, mas não é função da Secretaria de Obras assumir o trabalho que cabe ao Dnit ou ao DER. A conservação das estradas federais e estaduais não são responsabilidade da Prefeitura e, por isso, estão sendo feitos novos ofícios para cobrar o tapa-buraco, a capina e a pintura de sinalização ao longo da União e Indústria”, diz o secretário de Obras, Ronaldo Medeiros.

    A Prefeitura garante que, apesar das reclamações de moradores dos quatro cantos da cidade, a manutenção viária tem sido feita com frequência. “No ano passado, a Secretaria de Obras realizou o serviço de tapa-buraco 439 vezes em mais de 250 ruas e a manutenção de calçamento ocorreu 359 vezes em quase 220 locais. Este ano, o trabalho já passou por Comunidade do Fragoso, Comunidade Florido, Alto da Serra, Centro Histórico, Estrada da Saudade, Sargento Boening, Secretário, Nogueira, Itaipava, Comunidade do Neylor, Caxambu, Morin, entre outros. Nessa quarta-feira, o serviço foi realizado, ainda, no Carangola”, informa.



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