• Futebol ou desordem?

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  • 13/03/2018 12:55

    Já fiz deixar claro, neste mesmo jornal, que nunca tive grande interesse por futebol, a não ser em dois momentos da vida: quando jovem, fui torcedor do Flamengo e daqueles a não admitir que outro clube fosse considerado superior ao  rubro-negro e num segundo momento, já avô, como já fiz me pronunciar, incentivado por netos, também flamenguistas, que acabaram por me transmitir o calor que lhes envolvia no sentido de convencer um torcedor já desanimado e desiludido. 

    Ocorre, e é a pura verdade, que cada vez mais me decepciono com tal esporte já que a violência, tanto dentro dos campos, como fora deles, para mim, chegou ao limite.

    Discussões, agressões e até mesmo manifestações grosseiras com relação a racismo, quedaram por abater todo o encanto que ainda me restava, com vistas ao esporte das multidões.

    Meus netos, por outro lado, já pude perceber, não estão mais tão empolgados com relação ao esporte das massas, nem ao próprio Flamengo, sendo que o mais velho dos três flamenguistas, talvez decepcionado, passou a se dedicar ao basquete e além desta atitude, aguarda o término dos estudos, no âmbito do segundo grau, para “voar” em direção à América do Norte, situação, entretanto, que ainda está sendo debatida com os pais.

    A mim e a minha mulher nos cabe apenas permanecer como espectadores, entretanto, o avô, sempre intrometido, a tentar convencer o jovem a não se transferir, esquecendo-se, talvez propositadamente, que os filhos nascem, crescem e passam a “voar com as próprias asas”.

    Com os netos, naturalmente, ocorre de igual maneira, entretanto, os avós, já mais idosos e “agarrados” aos mesmos, como se filhos fossem, a objetar com vistas aos planos engendrados, especialmente o avô, saudosista, a argumentar que o jovem não está preparado para viver distante da família. Coisas de avô… todavia, sabedor que são palavras jogadas ao vento porquanto os jovens, pessoas determinadas, não são fáceis de convencimento até porque julgam tais argumentos fracos e sem consistência.

    E não é que sempre, perdemos a razão?

    Portanto, só nos resta “concordar”.

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