• Si Vis Vincere, Ale Primum Vere! Um Século da Academia Petropolitana de Letras

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 27/07/2022 08:00
    Por Fernando Costa

    Em  fevereiro de 1922, entre os dias 13 e 18 o Teatro Municipal de São Paulo presenciou a Semana de Arte Moderna. À frente da organização desse revolucionário encontro estavam Mário de Andrade dentre outros “futuristas” alertas ao vanguardismo do movimento cultural europeu. Apresentações musicais, exposições de pintura, escultura, arquitetura   e conferências intercalavam-se. Uma demonstração das novas tendências da arte no cenário pátrio. O academismo de então  inaugurava um espaço ao moderno, tanto que, já em 1917 Anita Malfatti foi predecessora desse movimento, em São Paulo exibindo bela exposição de pintura moderna. Tempo de renovação! Nesse mesmo ano celebrou-se o centenário da Independência do Brasil. Em 14 de março desse ano,  houve diversas celebrações na Catedral de Nápoles e na Basílica de São Pedro, em Roma, alusivas ao centenário de nascimento de D. Teresa Cristina de Bourbon Duas – Sicílias, princesa do Reino de Nápoles e quarta imperatriz do Brasil, esposa de D. Pedro II cujos restos mortais estão sepultados nos jazigos imperiais na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis. Em 3 de agosto, nesta cidade,  foi fundada a  Associação Petropolitana de Ciências e Letras, iniciativa dos intelectuais Joaquim Heleodoro Gomes dos Santos, João Roberto d’Escragnolle e Reynaldo Chaves. O primeiro presidente foi o Dr. Eugênio Lopes Barcellos, então prefeito de Petrópolis. Dali por diante se seguiram os trâmites legais e administrativos de praxe notadamente a elaboração dos estatutos, regimento interno, fichários, registros, averbações, nomeação da diretoria a conduzir a instituição e eleição do quadro acadêmico. Decorridos trinta dias foi realizada a cerimônia de posse da diretoria nos salões da Câmara de Vereadores da municipalidade. Na assembleia geral de 5 de junho de 1929, o plenário decidiu por mudar o nome, de associação para Academia Petropolitana de Letras e sua primeira presidente foi a escritora e caricaturista Nair de Teffé, esposa do Marechal Hermes da Fonseca, 8º. presidente do Brasil. Nair de Teffé Hermes da Fonseca exerceu diversos mandatos e o seu término ocorreu em 1933. Antes mesmo da Academia Brasileira de Letras, a Academia Petropolitana de Letras abrigou  mulheres em seus quadros, além de Nair, Fausta Gouveia, Germana Gouveia, Stela Aguiar,  Anadir do Nascimento Silva, dentre outras.  A APL no decurso do tempo sempre esteve presente à vida da cultural e social de Petrópolis.  Suas cadeiras são ornadas por  renomados escritores, clérigos,  poetas, artistas, cientistas, dramaturgos, professores, médicos, advogados, jornalistas, políticos e intelectuais multifacetados. Esta perfunctória síntese é para louvar o seu idealizador e demais fundadores e elevarmos as nossas orações aos céus como preito de gratidão e clamor pelo descanso eterno de seus diretores alçaram voo aos cânones celestiais, inclusive, os acadêmicos e benfeitores a contar do  transcurso da criação, ao cêntuplo. Os eflúvios, também, são dirigidos ao quadro atual e,  sobretudo, ao ilustre presidente professor e acadêmico Leandro Garcia pela brilhante gestão repleta de conquistas junto à prestigiosa diretoria composta pelos acadêmicos, vice-presidente Maria de Fátima Moraes Argon da Matta, 1º Secretário Cleber Francisco Alves, 2ª Secretária Carmen Felicetti, 1ª Tesoureiro José Afonso Barenco de Guedes Vaz, 2º Tesoureiro Ataualpa Antônio Pereira Filho, Relações Públicas e Cerimonial, Fernando Antônio de Souza da Costa, 1º Bibliotecário Marcelo José F. Fernandes, 2ª Bibliotecária Andréa Cristina Lopes Garcia, Conselho Fiscal: Joaquim Eloy Duarte dos Santos, Christiane Benaion Magno Michelin, Luiz Felipe Miranda de Medeiros Francisco, Luiz Carlos Gomes e Paulo César doas Santos. Elevemos os pensamentos ao Criador sob o pálio da Mãe do Divino Amor em sinceros encômios a seu idealizador e a todos, pois,  ao longo desses cem anos vêm contribuindo para o engrandecimento dessa obra, preservando a cultura, história e memória, suas raízes e, mantendo viva a tradição  a nos unir desde o dia de seu prelúdio transformando o sonho em realidade. Academia Petropolitana de Letras, cem anos de desvelo a manter  seu lema: “Si Vis Vincere, Ale Primum Vere: Se Queres Vencer, Fortalece Teu Espírito.”      

    Últimas