Camelôs da Baixada são explorados por donos das mercadorias
Está crescendo cada dia mais a quantidade de ambulantes não credenciados nas ruas da cidade. Porém, não é um problema apenas social. Alguém vem explorando essas pessoas. Basta um papo rápido com eles que fica claro que não são pessoas autônomas tentando ganhar a vida vendendo artigos para o povão. Eles estão sendo explorados por terceiros que cedem as mercadorias e estabelecem um valor. No final do dia são obrigados a retornar com a féria e ficam apenas com uma comissão.
Dono exige lucro certo
O vendedor de tapetes, por exemplo, não pode vender cada unidade por menos de R$ 10, preço tabelado pelo dono da mercadoria. Mesma coisa o cara da esponja, que vende pacote tabelado com cinco unidades por R$ 5. Ao cliente eles dizem que ganham 30% do valor de venda de cada mercadoria. Todos são da baixada e sobem a serra porque nas cidades, lá embaixo, já tem muita gente trabalhando para esses ‘donos’.
Pegadinha
Você conferiu aqui nas páginas de Cidade da Tribuna, uma entrevista esclarecedora com o tributarista Vitor Leal sobre o ICMS a 2% para Petrópolis, lei aprovada este ano pela Alerj. Para quem pensa pedir o enquadramento é bom ficar atento porque o não cumprimento das regras pode gerar uma cobrança retroativa do imposto a 18%. Além de tudo, a Alerj quando aprovou a lei, assim como as demais de renúncia fiscal, já considera o impacto na queda de arrecadação, e isso está previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, é projetada a redução de receita e são as empresas que são enquadradas que ficam responsáveis por se expandir e compensar a arrecadação. No final, tudo sobra para o empresário.
Mato queimado
É bom nossas autoridades ambientais fiscalizarem a queima de lixo até mesmo o doméstico em locais mais afastados. Quem mora nos distritos diz que é lixo queimado o dia todo que fica difícil de respirar e estamos em plena estiagem com risco altíssimo de incêndio nas matas.
Araribóia
Com seis meses de circulação em Niterói, a moeda social Araribóia atingiu a marca de 700 mil transações que representam R$ 52 milhões em movimentações. Ao todo, 31 mil famílias usam o programa de transferência de renda da prefeitura. São 4,1 mil estabelecimentos cadastrados que realizam as transações em Araribóia para famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico.
Mumbuca
Em março, Rubens Bomtempo anunciou uma moeda social para Petrópolis nos mesmos moldes. Foi criado grupo de trabalho para executar o programa que foi a outra cidade, Maricá, saber como é feito lá. A Mumbuca, em terras maricaenses, é pioneira no país e está funcionando desde 2013, atendendo a 42 mil pessoas e com 12.608 mil estabelecimentos comerciais credenciados. A Mumbuca movimenta mais de R$ 60 milhões por ano.
Audiência
O orçamento da prefeitura de 2023 – em torno de R$ 1,1 bilhão, vai ser discutido em audiência pública dia 22 de agosto, às 18h, na Casa dos Conselhos. É uma boa oportunidade para a presença de líderes comunitários. E também para os vereadores explicarem porque as emendas que eles propõem não são aprovadas pelo governo ainda que em suas campanhas eleitorais tenham prometido que tudo seria diferente.
Concorrência
O Rio de Janeiro vai criar a Cidade da Cerveja, na Zona Portuária. E as microcervejarias artesanais e os brewpubs agora podem se instalar com mais facilidade na capital que vai enquadrá-las como atividade de baixo impacto e, portanto, serão permitidas em várias partes da cidade. Petrópolis, Capital Estadual da Cerveja, precisa ficar ligada nessa concorrência.
Fator Dudu
Análise de um interessado em política: o vereador Dudu desponta como um dos mais articulados de todos os tempos. “Derrotou” com “argumentos” os vereadores que se elegeram propagandeando que iriam cassá-lo e ficou amigo de todos e nos últimos tempos participou ativamente de três gestões: Bernardo Rossi, do interino Hingo Hammes e agora é o coringa de Rubens Bomtempo.
A conferir
Tá vindo um cheiro de fritura lá do gabinete do prefeito. Se não for Bomtempo fritando uns croquetes para a Bauernfest são cabeças que vão rolar.
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