• Espanha e Portugal mostram-se contrários a plano para reduzir consumo de gás

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  • 21/07/2022 18:09
    Por Estadão

    Espanha e Portugal se opuseram ao plano da União Europeia para reduzir o consumo de gás natural em 15% a partir de agosto em uma situação de emergência, sob justificativa de que a proposta não leva em conta as diferenças entre os países europeus.

    Em resposta, Portugal disse que as condições de seca limitaram a capacidade do seu país de gerar energia hidrelétrica, levando-o a usar mais gás natural para produzir eletricidade. Já a Espanha alega que os cortes resultariam em um sacrifício desproporcional para os consumidores do país. Espanha e Portugal estão menos expostos à escassez de gás russo porque possuem a infraestrutura necessária para importar grandes quantidades de gás natural liquefeito.

    A proposta da Comissão Europeia deve ser discutida em uma reunião de ministros de Energia na terça-feira e requer a aprovação de pelo menos 15 dos 27 Estados membros do bloco, representando pelo menos 65% da população da UE. O plano também deve enfrentar oposição de outros países europeus. O governo da Hungria ordenou anteriormente a proibição das exportações de combustíveis, incluindo gás natural.

    Segundo Simone Tagliapietra, pesquisadora sênior do think tank Bruegel, a compensação financeira pode fornecer um incentivo para alguns países reduzirem seu consumo de energia. A Espanha poderia redirecionar o gás relativamente barato que recebe da Argélia para a Itália, que tem conexões de gasodutos que podem permitir que esse gás flua para o norte da Europa.

    O gás natural russo começou a fluir novamente na quinta-feira através do importante gasoduto Nord Stream 1 após uma parada de 10 dias devido a manutenção. A linha está operando com cerca de 40% da capacidade por causa do que Moscou diz ser um problema anterior, até agora não resolvido, com uma turbina.

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