• Fim de tarde

  • 01/03/2018 12:30

    O final da tarde do dia 23 de fevereiro nos proporcionou, como a tantos outros convivas, motivo de alegria e satisfação, eis que pudemos compartilhar da presença, com amigos, confrades e leitores, do escritor Angelo Romero, em razão do lançamento de mais uma obra que faz publicar: “O mar do sertão”.

    Romero, como respeitosamente costumo chamá-lo, fez cruzar o meu caminho não por acaso, até porque acredito que em nossas vidas nada acontece por mero acaso.

    Assim é que pude vir a participar do convívio desse escritor de escol por intermédio de meu filho Marcelo, também advogado que, por questões profissionais, acabou também por ser um dos grandes admiradores deste escritor e teatrólogo.

    No ensejo em que fez lançar sua nova obra, acompanhado pela esposa querida, Nancy, tudo foi motivo de congraçamento entre os presentes em decorrência de mais um trabalho que certamente irá deliciar os leitores, a se juntar com tantos outros que já fez publicar.

    Personalidade extremamente ligada ao teatro e à literatura faz escrever crônicas, com frequência, de conteúdo dos mais interessantes, na Tribuna de Petrópolis, as quais não só as aprecio como as faço guardar com objetivo de relê-las, hábito meu.

    Na que se intitula “Singela homenagem aos cronistas”, Romero assevera: “sempre apreciei a crônica como gênero literário tanto para ler, quanto para escrever”.

    E vai além, procurando objetividade, sustentando quanto à existência “… de dois tipos de crônicas: a saudosista, que procura relembrar fatos interessantes ocorridos no passado e a mais comum, que costuma retratar o momento em que vivemos”.

    E é por isso mesmo que tem nos brindado quase que semanalmente com tais publicações na imprensa de nossa terra, para deleite de seus inúmeros leitores.

    Na qualidade de apreciador do inesquecível Sérgio Porto, mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta, personagem com quem mais se identificou, como ele próprio ressalta, aproveita para exaltar quanto a destacada vida literária desse personagem que deixou saudades; Romero, por sua vez, mestre de igual talento e cultura, brinda a seus leitores com crônicas as quais, vez por outra, vêm “temperadas”, com uma dose “de boa pimenta”, o que nos conduz cada vez mais apreciar a agradável leitura de suas publicações, não perdendo de vista, todavia, o aspecto saudosista quando nos brinda, com temas sempre a relembrar o pai, Abelardo Romero, de quem cultiva na memória admiração e, sobretudo, respeito.

    Fim de tarde, início de noite, lançada mais uma obra do notável escritor e caríssimo amigo; e eu, por ter aprendido e por não esquecer as boas lições que recebo, tenho para mim que “quem tem um amigo tem um tesouro”.

    Concluo para deixar enfatizado que, ainda que sob chuva, quando nos retiramos do recinto, sedentos de mais uma boa leitura que nos será proporcionada, o coração batia forte a “carregar” o tesouro guardado na pessoa do extraordinário ser humano, Angelo Romero.

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