• Problemas no caminho de moradores e de turistas

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  • 28/02/2018 10:30

    A falta de conservação nas ruas de Petrópolis afeta também áreas turísticas muito visitadas da cidade. A região do Parque São Vicente é uma delas. Por lá, as ruas parecem estar abandonadas. A falta de capina acaba contribuindo com a insegurança e os buracos são verdadeiras armadilhas que pegam muita gente de surpresa.

    As ruas Paula Buarque, Gabriel Junqueira e Nair de Tefé são as mais afetadas. O abandono na região, que é uma reclamação constante dos moradores e turistas, vem sendo relatado por vários veículos de comunicação nos últimos meses. Mas, ao invés de melhorar, a situação parece que só piora. 

    Na Rua Paula Buarque, moradores tiveram que improvisar uma interdição para que os motoristas não caíssem nos buracos, que podem acabar atolando os veículos. “Colocamos umas estacas. Tínhamos colocado mato, mas disseram que o mato era pior porque estava escondendo o buraco. Aí ficou assim. Só que fizemos isso há dias e até hoje ninguém veio aqui para tentar resolver. Isso é um problema sério, porque aqui tem sempre neblina e, mesmo que não seja à noite, tanto o turista quanto o morador não conseguem enxergar o chão”, contou o morador Carlos Alberto de Assis. 

    Nas ruas Gabriel Junqueira e Nair de Tefé a situação é semelhante: muito mato nas calçadas e também no meio da rua, junto ao paralelepípedo. Em alguns trechos, os próprios moradores tiveram que fazer o serviço de roçada, para amenizar a situação. “Se deixar o mato invade o muro, esconde o portão e ninguém sai na rua. Tem que cortar antes que fique pior. É muito mato, o que, além de favorecer o aparecimento de bichos como aranhas, cobras e etc., também acaba dando um aspecto de abandono, atraindo até mesmo criminosos”, destacou uma moradora, que preferiu não se identificar.

    O lago – cartão postal de entrada do bairro, acabou se tornando uma prévia do abandono que os visiatantes encontram mais adiante. Mesmo depois da retirada das plantas aquáticas que estavam sufocando e causando a morte dos peixes, agora o que se vê é muita areia e partes secas com lixo. Na parte assoreada, o capim voltou a crescer. “É tudo ou nada. Eles deixaram o lago sumir no mato, tiraram e não desassorearam. O resultado é esse: muita terra e o mato surgindo de novo. Daqui a poucos meses, se deixar, vai tampar tudo novamente. O problema é que estão jogando lixo e isso preocupa muito. O medo é sair do controle”, contou Carlos Alberto.

    No entorno do lago, as grades e corrimãos estão quebrados, e a calçada está afundando. A praça que fica na entrada está tomada por mato e é difícil até se aproximar dos bancos para sentar. Até o ponto de ônibus está com mato, mesmo após a capina feita no mês passado pela Prefeitura.

    E como se já não bastassem os buracos e o abandono, o acesso à rampa de voo livre quase não tem sinalização. “O turista mal consegue chegar lá. O GPS engana e as ruas não têm placas com os nomes e nem mesmo sinalização indicando como chegar até a rampa. O pouco que tem foi colocado pela iniciativa privada, por moradores ou então pelos esportistas”, completou o morador. 

    A rampa de voo livre é muito visitada não só por praticantes do esporte como também por petropolitanos e turistas, principalmente nos dias de sol, por conta da vista privilegiada para o Rio de Janeiro.

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