• Dívida do Banco do Brasil com a Prefeitura ultrapassa R$ 5 milhões

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  • 23/02/2018 12:00

    O Banco do Brasil (BB) tem uma dívida com a Prefeitura de R$ 5,3 milhões referente ao não pagamento do IPTU da agência localizada na esquina das ruas Alencar Lima e Imperador, no Centro Histórico. O imóvel está fechado e abandonado há quase seis anos e desde então nenhum tipo de intervenção foi feita pelo banco. O prefeito Bernardo Rossi, disse ontem, durante visita à Tribuna, que inúmeros pedidos de cessão do imóvel já foram feitos e que um novo encontro será agendado para tratar do assunto.

    “É uma pena ver um casarão tão bonito como aquele totalmente abandonado. Já tivemos várias conversas, mas nenhum retorno por parte do banco. Eles nos devem mais de R$ 5 milhões de IPTU e o ideal seria ceder o imóvel para que a Prefeitura possa reformá-lo e dar uma utilidade ao local”, disse Bernardo Rossi.

    O imóvel é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e funcionou como agência bancária de 1932 a 2012, quando acabou sendo transferida, por não cumprir as exigências legais de acessibilidade. Como o prédio é tombado, sua estrutura não pode ser alterada, o que inviabilizou adequações para garantir o acesso de pessoas que têm dificuldades de locomoção.Para o Inepac, o processo de degradação do imóvel começou quando houve a transferência da agência para outro prédio.  

    Em 2016, após a queda de parte do reboco da lateral do prédio, o banco instalou tapumes na fachada com o objetivo de proteger os pedestres, no entanto a estrutura, ao invés de proteger, hoje representa risco a quem circula na área. Em dezembro do ano passado, o Inepac informou que o BB abriria um processo licitatório para a contratação da empresa que ficará responsável pelas intervenções. O banco informou ao instituto que as obras devem começar em julho.

    “Ver o prédio da Tribuna todo reformado nos motiva a brigar ainda mais para que o mesmo aconteça com o imó- vel do Banco do Brasil. As condições externas do prédio chamam atenção pelo abandono e não sabemos como está o imó- vel internamente. O Banco do Brasil tem recursos para fazer uma reforma e manter o casarão em bom estado”, enfatizou o prefeito Bernardo Rossi. 

    O casarão foi construído em 1926, com projeto do engenheiro João Glasl Veiga, e inaugurado em 1928 para servir de sede ao Banco de Petrópolis, no mesmo lugar onde esteve erguido o Hotel Bragança, demolido no século passado.

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