• Previdência no telhado

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  • 05/02/2018 13:10

    Janeiro terminou e apesar de todos os esforços do governo para conseguir os 320 votos necessários à reforma da previdência, ela subiu no telhado. Para alguns otimistas a reforma está na UTI, mas mesmo sem admitir, o governo sabe que a guerra está perdida.

    Rodrigo Maia não está mais agregado à tropa de choque, liderada pelo ministro Marum (que não conta com a simpatia dos deputados), a negociação claudica por falta de verbas efetivas e promessas inócuas, além de ser ano de eleição, e a pauta da reforma traz em seu bojo antagonismos e insatisfações de classes e de grupos corporativos. 

    O governo armou para si uma arapuca ao ter vendido a ideia de que sem a reforma da previdência ela quebraria e deixaria o País sem alternativas. 

    Não acredito que o governo insistirá em uma previsível derrota; o mais certo neste momento é criar alternativas (se é que se pode chamar assim) para enfrentar a imagem de um fim de governo antecipado.

    Não resta a menor dúvida de que a reforma da previdência é necessária e deverá ser feita e este será um dos mais importantes temas que os candidatos à presidência terão que enfrentar durante a campanha: não existe a menor possibilidade de se furtarem a isto. 

    A resistência do funcionalismo público que representa uma parcela significativa de votos, terá que ser quebrada. A maneira como os candidatos vão lidar com isto é uma das incógnitas. 

    Como a reforma da previdência não acontecerá agora, sobem no telhado, por tabela, a reforma tributária e a reforma política, reflexo do ano de eleição. 


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