• Moradores do Quitandinha convivem com o abandono e o medo

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  • 01/02/2018 15:05

    O estado precário em que está a Rua C, no Quitandinha, tem deixado moradores preocupados. Falta calçamento, iluminação pública, e em alguns pontos enormes crateras deixam claro o abandono do local. Quando chove forte a água não tem para onde escoar e acaba invadindo as casas. Quem convive com o problema diz que já não sabe mais a quem recorrer. Enquanto cobram soluções, moradores temem que parte da rua deslize sobre as casas. 

    Logo na entrada da rua é possível ver o rastro da última chuva. No muro de algumas casas a água chegou a passar da marca de 30 centímetros. Tem pontos que a força da água criou erosões no solo, onde acumula lama e pedras. Agora, com as chuvas de verão, moradores relatam que mal dormem. “Quando chove a noite eu não durmo. Tenho que levantar para tirar a lama de dentro de casa”, lamentou o morador Edmar Luís Campos.

    Segundo os moradores, quando cobram soluções, só recebem promessas. Há alguns anos a rua começou a receber o calçamento, mas não terminaram. E também não há nenhum tipo de desvio para a água de chuva. Com isso, o acumulo na rua desce todo para as casas da parte baixa. “Estamos cansados de pedir que façam algum trabalho de escoamento da água, podem ser manilhas, canos, qualquer coisa. Fica um jogo de empurra e ninguém resolve o problema. Enquanto isso temos que conviver com a lama toda vez que chove”, reclamou o morador.

    A falta de iluminação pública é outro fator. De acordo com a moradora Lourdes dos Santos, tem dias que precisa da luz da lanterna do celular para chegar em casa. “Nossa rua está horrível. Não tem iluminação, não tem calçamento. O ônibus que deveria vir até o final da rua, não entra nem no começo. E acredito que seja mesmo por isso, por que não está calçada”, disse a moradora.

    No ponto mais crítico da rua moram cerca de trinta famílias. E o sentimento é de revolta entre os vizinhos. “Nós vivemos nesse risco de barreira. Vem aqui mascaram a rua e não resolvem. É uma série de problemas que só está se agravando”, lamentou Edmar.

    Falta manutenção viária e capina no Quitandinha

    Em outro ponto do Quitandinha, moradores também reclamam do abandono, falta de manutenção viária e capina. Nas ruas Honduras e Nicarágua o mato toma conta das calçadas. Em alguns pontos os buracos são tão profundos que os próprios vizinhos sinalizam para evitar acidentes.

    Tem trechos que é quase impossível passar dois veículos ao mesmo tempo, porque o mato já invade a rua. “Nós pedimos a capina a prefeitura, mas não resolvem. Já tem quase cinco meses dá última vez que vieram limpar a rua e não voltaram mais. Toda vez falam que vão vir e não vem, enquanto isso a situação fica cada vez pior”, reclamou a moradora Cláudia Menezes.

    Na Rua Honduras, na altura do número 285, a cratera é tão grande que os moradores improvisaram um sinalizador com uma cabeceira de cama para evitar que motoristas caiam no buraco. O trecho, que além de passar veículos pequenos, passa ônibus e caminhões e, agora, por isso, está em mão única, prejudicando também o acesso à rua. 

    A Prefeitura foi consultada sobre os problemas da localidade e informou que a Secretaria de Obras vai incluir a manutenção de calçamento nas ruas C, Honduras e Nicarágua na programação de serviços. Sobre a questão de intervenções de drenagem na Rua C, a Secretaria vai enviar uma equipe para vistoriar o local e estudar melhorias necessárias.

    Quando à iluminação, informou que vai apresentar novas ordens de serviço para serem cumpridas no bairro, incluindo a Rua C. 

    E que a Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis – Comdep, vai incluir as ruas Honduras e Nicarágua no cronograma para receber o serviço de capina. 

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