• Volta às aulas: peso da mochila pode prejudicar o desenvolvimento da coluna vertebral da criança

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  • 30/01/2018 11:30

    As férias já chegaram ao fim e muitos pais já começam a ir atrás dos materiais exigidos pelas escolas. Entre os itens da lista de compras, um tão importante quanto o lápis e o caderno é a mochila que abrigará todos os outros materiais. E neste caso, mais do que o peso no bolso, é preciso ficar atento ao peso nas costas que, em excesso, prejudica o desenvolvimento da coluna vertebral da criança.

    É o que alerta o neurocirurgião especialista em coluna vertebral, pela UNIFESP, Dr. Alexandre Elias, explicando que esta é uma fase em que crianças e adolescentes ainda estão com a coluna em processo de formação pelo crescimento e por isso são vulneráveis à dor e acentuação de malformação.

    Para prevenir problemas, o médico dá quatro dicas relacionadas ao uso da mochila escolar.

    1. Peso/volume: 

    O ideal é que a criança ou adolescente não carregue mais que 10% do seu peso.

    2. Modelo: 

    A mala/mochila indicada é o modelo de rodinhas e com o puxador rente à mão e com ajuste de altura. Além de mais confortáveis, evitam o sobrepeso e a má postura. Na impossibilidade de comprar uma mala deste tipo, o especialista indica as mochilas que são presas também na região lombar, além de orientar o uso constante das duas alças, e não apenas uma em um lado do ombro.

    3. Postura: 

    Outro fator importante é educar a criança ou adolescente quanto à postura ao carregar a mochila, para que se mantenha a coluna sempre ereta e o abdome para dentro, para a melhor distribuição do peso no eixo correto do corpo.

    4. Diálogo com a escola: 

    Aos pais que julgarem que a criança está carregando muito peso, o ideal é conversar com a direção da escola para analisar o que de fato é necessário estar na mochila no dia a dia. Caso seja possível, os colégios podem disponibilizar armários para que os alunos deixem os materiais e peguem apenas o que é de uso do dia.

    Por fim, o médico indica que, em caso de queixas de dor pela criança ou adolescente, é importante consultar um especialista em coluna vertebral.

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