• Pai do Gabriel Vila Real da Rocha cria projeto para prevenção de desastres naturais e ação humanitária

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  • 15/06/2022 08:00
    Por Helen Salgado

    Gabriel Vila Real da Rocha foi uma das 241 vítimas da tragédia do dia 15 de fevereiro. Após sete dias de buscas, o jovem foi encontrado na rua Washington Luiz, onde os ônibus da empresa Petro Ita afundaram no rio. O pai, Leandro da Rocha, percorreu mais de 60 km, chegando até Areal, em busca de notícias do filho. Hoje, quatro meses depois, Leandro criou um Instituto a fim de prevenir outros desastres naturais e promover a ação humanitária.

    O jovem de 17 anos apareceu em um dos vídeos que circularam nas redes sociais tentando ajudar outras pessoas que estavam nos coletivos. Infelizmente, Gabriel não conseguiu se salvar. O pai, Leandro, fala com orgulho que o filho sempre gostou de ajudar as pessoas, e que naquela hora, a atitude do jovem não seria diferente.

    Instituto Gabriel da Rocha

    Motivado a manter o legado do filho, Leandro criou o Instituto Gabriel da Rocha que tem diversos objetivos, entre eles: propor políticas públicas, apoiar fiscalizações de pontos suscetíveis a desastres naturais, promover a democratização do acesso aos protocolos de prevenção de desastres naturais, requerer o levantamento de dados de adoção de protocolos de segurança, atuar como entidade de educação com aulas sobre primeiros socorros, defesas no direito das famílias e indivíduos vítimas de desastres naturais e acidentes correlatos.

    Leandro explica que um outro objetivo importante do projeto é cobrar respostas dos órgãos responsáveis pela cidade. “Já estive no Ministério Público três vezes e eles não me deram nenhuma resposta, tanto na questão de responsabilidades, quanto as investigações. Estamos esperando até hoje a questão do DNA do Pedro Henrique, sobre respostas do Sr Heitor que ninguém sabe e do Lucas, que era do Morro da Oficina. Não tivemos resposta de absolutamente nada de nenhum desses três casos. Nós vamos procurar e vamos querer resposta em relação as responsabilidades da falta do protocolo de segurança tanto da empresa [de ônibus], quanto do município, do Estado e da CPTrans”, afirma.

    Com persistência e resiliência, Leandro está tirando, pouco a pouco, as ideias do papel, mas afirma precisar de ajuda para dar andamento ao Instituto. “Já temos os nomes que vão compor a diretoria, conselho fiscal e todos os detalhes. Agora o próximo passo é conseguir o espaço físico, um aluguel, algum espaço que possa atender as nossas necessidades com esse objetivo do instituto”, diz.

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